O Governo Federal avançou em sua estratégia para promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo do Vale do Jequitinhonha, localizado no norte de Minas Gerais. Na última sexta-feira (18), uma reunião do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) foi realizada em Brasília, com o objetivo de elaborar uma Agenda de Desenvolvimento específica para a região.
A coordenação da iniciativa fica a cargo do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), em conjunto com a Secretaria Geral da Presidência da República e o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). Durante o evento, a Secretária Nacional de Planejamento, Virgínia de Ângelis, apresentou as diretrizes do grupo.
Quatro eixos estratégicos foram definidos para guiar as ações governamentais no território:
1. Coordenação da cadeia produtiva minerária;
2. Diversificação produtiva, acesso à terra e garantia de direitos dos povos e comunidades tradicionais;
3. Infraestrutura e urbanização;
4. Desenvolvimento social.
Instituído pela Resolução nº 5 da Comissão Executiva do Plano Nacional de Desenvolvimento Regional (CE/PNDR), o GTI tem como meta articular estratégias e políticas públicas para acelerar o crescimento do Vale do Jequitinhonha. A iniciativa conta com a colaboração de representantes de 21 ministérios e oito órgãos vinculados, garantindo uma abordagem integrada e territorializada.
A proposta visa desenvolver um plano que valorize os potenciais econômicos, culturais e ambientais da região, buscando reduzir as desigualdades e melhorar as condições de vida da população local. As discussões continuarão nas próximas semanas, incluindo reuniões técnicas e diálogos com líderes comunitários.
João Mendes, diretor de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, enfatizou a necessidade de priorizar questões sociais diante de um cenário de vulnerabilidade. Ele explicou que os eixos estratégicos irão fundamentar uma nova fase de atuação governamental na região, com uma agenda integrada que servirá como referência para o diálogo com o Congresso Nacional sobre a alocação de recursos.
O Vale do Jequitinhonha possui a maior reserva de lítio do Brasil e uma das mais significativas do mundo, o que representa uma oportunidade para o desenvolvimento econômico local. A crescente demanda global por veículos elétricos e tecnologias de energia limpa está atraindo investimentos e criando empregos na área, mas também levanta preocupações sobre os impactos sociais e ambientais nas comunidades.
João Mendes ressaltou que a região enfrenta desafios históricos de pobreza e vulnerabilidade social, além de questões ambientais significativas. A chegada de empresas de mineração de lítio, muitas delas transnacionais, impõe a urgência de estratégias que beneficiem a população local. “É fundamental que esses investimentos gerem oportunidades e empregos diretos e indiretos, mobilizando diversos setores produtivos da região”, concluiu.
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