O Governo brasileiro promoveu, em Brasília, o Seminário Nacional de Sociobioeconomia, que serviu como etapa final na elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio). Essa nova estratégia visa impulsionar negócios sustentáveis e apoiar organizações comunitárias, com foco na segurança alimentar e na ampliação da presença dos produtos e serviços da sociobiodiversidade nos sistemas alimentares do país.
O evento, que ocorreu até quinta-feira (14), reuniu lideranças de povos indígenas, comunidades tradicionais, agricultores familiares, representantes de organizações civis, setor privado, academia e do Governo Federal. A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lillian Rahal, participou das discussões, representando o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), e abordou o fortalecimento de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis.
O MDS apoia o plano através de ações e programas que promovem o acesso à alimentação adequada, o fortalecimento da produção e comercialização de alimentos saudáveis, a educação nutricional, o acesso à água, e a inclusão social e econômica das comunidades, valorizando os modos de vida dos povos originários e tradicionais.
O PNDBio visa fortalecer negócios sustentáveis e organizações comunitárias de indígenas, comunidades tradicionais, pescadores e agricultores familiares, estabelecendo um diálogo contínuo com ciência, tecnologia e inovação para assegurar a segurança alimentar e aumentar a presença de produtos e serviços da sociobiodiversidade na economia nacional e internacional, levando em conta as dimensões racial, de gênero, juventude e trabalho digno.
O plano também se fundamenta no reconhecimento do papel essencial dessas comunidades na conservação e manejo sustentável da biodiversidade e na restauração de ecossistemas, garantindo direitos e qualidade de vida, promovendo o respeito aos conhecimentos tradicionais e serviços ambientais que oferecem em seus territórios.
A implementação do plano conta com a colaboração dos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além do MDS, com a contribuição de organizações não governamentais parceiras do governo. As sugestões coletadas durante o seminário serão compiladas em um documento final a ser divulgado antes da COP30, marcada para novembro em Belém, reafirmando a posição do Brasil como líder na promoção de economias inclusivas e sustentáveis.
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