ICMBio e Governo do Estado do Maranhão assinam acordo para aumentar a infraestrutura e a proteção do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que acaba de ser reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Essa conquista coloca o parque como o sexto mais visitado do Brasil.
Na última sexta-feira (15/8), o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses recebeu oficialmente o título da Unesco, um reconhecimento que o posiciona entre os locais naturais mais significativos do mundo, ao lado de atrações como as Cataratas do Iguaçu e o Pantanal. A candidatura foi fruto da colaboração entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), ICMBio, Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o governo maranhense, sendo o título concedido em julho de 2024 durante a reunião do Comitê do Patrimônio Mundial em Nova Délhi, Índia.
Esse reconhecimento é um passo significativo para a preservação de uma área de aproximadamente 156 mil hectares no litoral maranhense. O processo para a inclusão na lista mundial envolve uma avaliação rigorosa que atesta o Valor Universal Excepcional do local e sua condição de proteção.
“O papel das unidades de conservação é vital para o planeta, protegendo biodiversidade e contribuindo para a captura de carbono”, destaca Mauro Pires, presidente do ICMBio. Ele enfatiza que reconhecimentos como o do Lençóis Maranhenses aumentam a conscientização sobre a importância de preservar essas riquezas naturais.
Esse reconhecimento internacional também traz um aumento na visibilidade e no interesse turístico, com o parque tendo recebido 440 mil visitantes em 2024, marcando um recorde desde o fim da pandemia de Covid-19.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou a relevância das riquezas naturais do Brasil, ressaltando o compromisso com a preservação, que gera emprego e dignidade. A cerimônia de certificação ocorreu no Parque das Dunas, em Barreirinhas, com a presença de autoridades federais e estaduais.
Para fortalecer a proteção do Parque, ICMBio e o Governo do Maranhão firmaram um Acordo de Cooperação Técnica, que inclui ações como a construção de guaritas e a implementação de programas de turismo de base comunitária. O tratado abrange oito eixos de atuação, e é um modelo de articulação entre diferentes níveis de governo para enfrentar os desafios da conservação ambiental e do turismo sustentável.
O crescente fluxo de visitantes gera desafios para a conservação, com municípios vizinhos ao parque somando mais de 96 mil habitantes, enquanto 68 núcleos populacionais dentro da unidade foram cadastrados. O ICMBio gerencia 344 unidades de conservação no Brasil, incluindo nove no Maranhão, que desempenham um papel crucial na proteção da biodiversidade e na mitigação das mudanças climáticas. O acordo visa equilibrar a pressão do turismo com a preservação do patrimônio natural, agora reconhecido pela Unesco.
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