A transformação de crianças em “mini adultos” com o objetivo de gerar likes e engajamento nas redes sociais é uma prática alarmante, que acelera a perda da infância e expõe esses jovens a riscos de violações graves. O fenômeno da adultização tem ganhado destaque recentemente, evidenciando a banalização do problema e a vulnerabilidade crescente de crianças e adolescentes a abusos e exploração sexual em busca de visibilidade.
Nesse contexto, o movimento “Turismo que Protege”, lançado em junho pelo Ministério do Turismo, se torna cada vez mais relevante. A iniciativa busca engajar o setor turístico na prevenção e enfrentamento de violações direcionadas a crianças e adolescentes. Profissionais, empresas e organizações que aderem ao movimento comprometem-se a adotar práticas seguras, éticas e responsáveis, priorizando a proteção da infância no turismo.
“É nosso dever como sociedade, e principalmente como pais, proteger as crianças para que sejam apenas crianças. Essa é uma luta que exige vigilância permanente e ação coletiva. Precisamos ficar atentos e denunciar qualquer conteúdo ou situação que coloque as crianças em risco”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
O Ministério do Turismo convida a sociedade civil, destinos turísticos e organizações a se tornarem signatárias da Carta de Compromisso do Movimento, cuja adesão é voluntária e representa um passo crucial na construção de um turismo mais consciente e protetor da infância em todo o Brasil. Para participar, é necessário preencher um formulário de pré-assinatura disponível na plataforma do Ministério, que entrará em contato posteriormente para oficializar a adesão.
O movimento está alinhado ao Código de Conduta Brasil, uma iniciativa que visa conscientizar prestadores de serviços turísticos sobre a prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes. A adesão ao Código pode ser feita pelo site dedicado, onde também estão disponíveis cursos online, podcasts e um manual com orientações sobre como agir em casos suspeitos e ampliar as boas práticas de proteção.
“A proposta é envolver não apenas prestadores de serviços, mas também outros agentes do turismo, como taxistas, artesãos e organismos públicos, que possam integrar essa rede de proteção”, afirmou Ana Carla Lopes, secretária-executiva do Ministério do Turismo.
Como dica de prevenção, ao se hospedar em hotéis ou participar de eventos, é recomendável questionar se o local faz parte do Código de Conduta. Essa abordagem não apenas promove a reflexão, mas também o engajamento dos profissionais do setor. Em situações de suspeita ou confirmação de exploração sexual de crianças e adolescentes, a denúncia pode ser feita pelo Disque 100.
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