O agronegócio brasileiro alcançou um novo marco histórico com a abertura do 400º mercado, permitindo a exportação de carne bovina com osso e miúdos para as Filipinas. Este país, um importante parceiro comercial, adquiriu mais de US$ 1,5 bilhão em produtos do setor agropecuário brasileiro em 2024.
Entre 2019 e 2022, foram abertos 241 mercados para os produtos agropecuários, e agora, em apenas 2,5 anos, o Brasil atinge a impressionante marca de 400 mercados abertos, solidificando sua posição como líder na oferta de alimentos, fibras e energia de qualidade, com a garantia de sanidade e sustentabilidade. Além disso, desde 2023, o país tem ampliado o acesso a produtos em cerca de 200 mercados previamente conquistados.
O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que cada novo mercado representa uma vitória para o produtor brasileiro, ressaltando que não se trata apenas de negócios, mas também da demonstração da qualidade e do comprometimento da produção nacional. “Estamos criando novas oportunidades e reafirmando nossa posição como parceiros confiáveis no comércio internacional”, afirmou.
A conquista resulta da colaboração entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a ApexBrasil, junto ao setor privado.
Entre as aberturas mais significativas estão produtos tradicionais e nichos emergentes, como:
– Sorgo para a China (2024) – Potencial de US$ 35,65 milhões;
– Gergelim para a China (2024) – Projeção de US$ 142,63 milhões;
– Farinha de aves para a Indonésia (2023) – US$ 17 milhões exportados em 2024;
– Carne bovina para o Vietnã (2025) – Potencial de US$ 183 milhões;
– Carne bovina para o México (2023) – US$ 214,32 milhões exportados em 2024;
– Carne suína para o México (2023) – US$ 102,06 milhões exportados em 2024;
– Carne suína para a República Dominicana (2023) – US$ 31,56 milhões exportados em 2024;
– Algodão para o Egito (2023) – US$ 56,01 milhões;
– Abacate Hass para o Japão (2024) – Estimativa de US$ 570 mil.
Ainda, mais de 80 mercados foram abertos para proteínas animais, mais de 30 para reciclagem animal e mais de 20 para frutas brasileiras.
No primeiro semestre de 2025, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 82,8 bilhões, mantendo-se estáveis em relação ao mesmo período do ano anterior. Os produtos menos tradicionais na pauta de exportação cresceram 21% no acumulado do ano, refletindo a eficácia da política de diversificação de produtos e destinos.
Essas conquistas são atribuídas ao trabalho conjunto das áreas internacional e técnica do Mapa, que conta com a atuação das adidâncias agrícolas e outras agências governamentais. O Brasil dispõe atualmente de 40 adidos em 38 países, com um aumento de 38% no ano passado.
“Esses acessos resultam de uma negociação técnica contínua. O papel dos adidos agrícolas é fundamental para abrir caminhos, reduzir riscos e aumentar a previsibilidade para o produtor brasileiro no cenário global”, afirmou Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa. Desde 2023, o Mapa participou de 110 missões internacionais e investiu em ferramentas de inteligência como o AgroInsight e o Passaporte Agro.
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