A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) anunciou, no último sábado (16 de agosto), a publicação de um novo edital que estabelece as diretrizes para a seleção de operadores de restaurantes e quiosques durante a COP30. O novo texto permite a oferta de iguarias típicas da cozinha paraense, incluindo tucupi, açaí e maniçoba, alterando a versão anterior que restringia o consumo desses alimentos durante a Conferência do Clima na Amazônia.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, sublinhou a importância desses produtos, considerados patrimônio da Amazônia, e enfatizou que sua presença é essencial em um evento que discute questões ambientais e desafios climáticos na região. “Foi através do diálogo, do bom senso e da justiça que conseguimos liberar o açaí, o tucupi e a maniçoba nos espaços oficiais da COP30. Para os paraenses, essa é uma notícia de orgulho e alívio. Esses ingredientes são um patrimônio vivo do povo amazônico, representando nossa memória, tradição e identidade. Nossa gastronomia é amplamente reconhecida e colabora com o fortalecimento do turismo gastronômico”, destacou.
O açaí, que fez parte das edições anteriores da Conferência, foi apresentado na COP28 em 2023, em Dubai, onde um quiosque ofereceu sorvete de açaí. Sabino expressou confiança de que a iguaria também será um sucesso na COP30.
Em comunicado divulgado em seu portal institucional, a OEI informa que “a culinária paraense será incorporada, e o detalhamento da oferta de alimentos no evento ocorrerá após a seleção dos fornecedores”.
A chamada para operadores interessados em gerenciar 87 estabelecimentos (50 na Blue Zone e 37 na Green Zone) se encerra às 10h do dia 25 de agosto.
Desde 2015, Belém, a capital do Pará, é reconhecida como Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco, uma afirmação da riqueza e originalidade de sua culinária. Este ano, a cidade também foi destacada pela Lonely Planet, sendo a única do Brasil a constar entre as 10 melhores do mundo em gastronomia.
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