Capacitação em Afroturismo: Uma Nova Rota para o Turismo Sustentável no Brasil
No último sábado (15 de março), o Ministério do Turismo realizou um evento significativo no Quilombo do Alto de Santana, localizado na cidade de Goiás (GO), onde foi promovido um curso de capacitação para condutores de afroturismo. A iniciativa, parte do projeto "Tem Quilombo nas Trilhas de Goiás", busca fortalecer a cultura local e estimular o envolvimento dos moradores em atividades turísticas que valorizam suas tradições.
Durante a capacitação, a coordenadora-geral de Produtos Turísticos do Ministério, Fabiana Oliveira, destacou a importância de criar experiências turísticas que sejam autênticas e baseadas nos costumes de povos tradicionais. A ação contou com a colaboração de especialistas, como Michel Ferreira, professor da Universidade do Estado de Mato Grosso, e Tânia Neres, coordenadora de Afroturismo da Embratur.
A cidade de Goiás, reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, é um exemplo vívido da riqueza histórica e cultural do Brasil, grande parte preservada por suas comunidades tradicionais. Fabiana Oliveira enfatizou que a contribuição da comunidade quilombola do Alto de Santana é vital para a valorização da cultura local e fortalecimento da identidade regional.
Incluir comunidades como esta no desenvolvimento turístico não é apenas uma questão de justiça econômica, mas uma forma de garantir a preservação do patrimônio cultural e imaterial, fazendo do turismo uma ferramenta de transformação social. Tânia Neres também reforçou a importância do governo federal nesse processo, argumentando que o turismo pode ser um motor de desenvolvimento econômico e geração de renda.
O Afroturismo em Ascensão
O afroturismo, que promove a valorização da cultura negra e das tradições afro-brasileiras, está se tornando um foco crescente na agenda do governo federal. O Ministério do Turismo, em parceria com a UNESCO, não só mapeará as práticas existentes, mas também promoverá eventos que celebrem e fortaleçam a diversidade cultural. As informações coletadas servirão como base para a formulação de políticas públicas que fomentem esta modalidade.
A iniciativa busca descentralizar o turismo, oferecendo experiências diversificadas em áreas e comunidades que frequentemente ficam à margem do circuito turístico convencional. Além de incentivar a gestão local dos produtos turísticos, o projeto quer destacar a relevância do patrimônio cultural brasileiro através do afroturismo.
Conclusão
Essa capacitação em afroturismo no Quilombo do Alto de Santana representa um passo importante rumo à valorização das culturas afro-brasileiras e à promoção de um turismo mais sustentável. Ao reconhecer a riqueza das comunidades tradicionais e suas práticas históricas, o Brasil avança na construção de um setor turístico inclusivo, que almeja desenvolvimento econômico e preservação cultural.
Perguntas e Respostas sobre Afroturismo
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O que é afroturismo?
O afroturismo é um segmento do turismo que busca valorização e promoção da cultura afro-brasileira, reconhecendo e respeitando as tradições e patrimônios culturais da população negra no Brasil. -
Qual é o objetivo da capacitação realizada no Quilombo do Alto de Santana?
O objetivo da capacitação é preparar moradores locais para atuarem no segmento de afroturismo, valorizando suas culturas e tradições, além de fortalecer o turismo de base comunitária. -
Quem coordenou a capacitação?
A capacitação foi coordenada pela especialista Fabiana Oliveira, do Ministério do Turismo, em colaboração com outros professores e técnicos envolvidos em turismo e afroturismo. -
Por que a cidade de Goiás é relevante para o afroturismo?
Goiás é um Patrimônio Cultural da Humanidade reconhecido pela UNESCO, abrigando diversas comunidades tradicionais que preservam ricas histórias e culturas, importantes para a promoção do afroturismo. - Como o governo federal está apoiando o afroturismo?
O governo federal, através do Ministério do Turismo e da Embratur, está desenvolvendo projetos e parcerias com a UNESCO para mapear e promover boas práticas, fomentar políticas públicas e capacitar comunidades para a gestão turística de seus próprios produtos.