O Ministério do Turismo lançou uma chamada pública com o objetivo de mapear, de maneira detalhada, os territórios, serviços e experiências relacionadas ao turismo de observação de aves no Brasil. A iniciativa visa compilar dados que possam orientar a criação de políticas públicas para fortalecer esse segmento em ascensão no país.
Os interessados em contribuir podem preencher um formulário eletrônico que está disponível online. A consulta é direcionada a observadores de aves, condutores, empreendedores, e representantes dos setores público, privado e do terceiro setor que atuam ou se envolvem com o aviturismo. As contribuições devem ser enviadas até o dia 30 de agosto.
Essa ação está em consonância com a Estratégia Federal de Desenvolvimento (2020–2031), o Plano Nacional de Turismo (2024–2027) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Cecília Licarião, consultora responsável pelo projeto, ressalta a importância da participação de todos os elos da cadeia do turismo de observação de aves: “O diagnóstico que está sendo elaborado tem o objetivo de impulsionar o setor no Brasil, envolvendo turistas, empreendimentos especializados, ONGs, o poder público, empresários e gestores de unidades de conservação. Este é um momento crucial para unir esforços e fortalecer as políticas que guiarão o aviturismo no futuro do país.”
Identificado por combinar contato com a natureza, preservação ambiental e geração de renda, o turismo de observação de aves tem ganhado destaque tanto no Brasil quanto no exterior. O mapeamento faz parte de um extenso estudo conduzido pelo Ministério do Turismo em colaboração com a UNESCO.
Fabiana Oliveira, coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do MTur, destacou: “Acreditamos que o turismo de observação de aves pode regenerar. Com este mapeamento, estamos não apenas valorizando nosso patrimônio natural e cultural, mas também desenvolvendo, de forma participativa, políticas públicas que assegurarão um futuro mais sustentável.”
O Brasil possui a terceira maior diversidade avifaunística do planeta, com 1.971 espécies registradas, sendo 293 endêmicas. O aviturismo movimenta várias áreas, como hospedagem, alimentação e transporte, além de gerar renda para comunidades locais, fortalecer a identidade cultural, recuperar áreas degradadas e incentivar a educação ambiental e a pesquisa científica.
A consultora Cecília Licarião realizará uma live no próximo sábado (09), às 18h30, no canal do YouTube @AvistarBrasil, para apresentar mais informações sobre o formulário e o projeto.
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