Artesãos, comunidades tradicionais e representantes da cultura popular se reúnem no Rio de Janeiro
Na última sexta-feira (15), artesãos, povos de terreiro, quilombolas, indígenas e representantes de várias manifestações culturais, como funk, reisados, capoeira, samba e blocos de carnaval, participaram da Escutatória Cultural pelo Brasil, promovida pelo Ministério da Cultura (MinC). O evento, que ocorreu no Salão da Biblioteca Amadeu Amaral, no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), reuniu mais de 70 pessoas e teve como objetivo ampliar a participação social na construção da Política Nacional para as Culturas Tradicionais e Populares.
“A escutatória promove a mobilização da sociedade e a integração de órgãos e entidades nos territórios, além de informar sobre o andamento da política e os avanços que estão sendo feitos”, afirmou Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, que participou do evento de forma virtual.
Desde janeiro, o ministério tem realizado encontros em diversos estados do Brasil, como Tocantins, Pernambuco, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Espírito Santo e Ceará. A próxima edição está agendada para o Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (19). Além das escutatórias estaduais, etapas temáticas voltadas a segmentos específicos, como capoeira, reggae, cordel, repente e viola caipira, estão sendo realizadas.
“Estamos desenvolvendo as Escutatórias Culturais há algum tempo. Essas iniciativas têm o objetivo de construir uma Política Nacional para as Culturas Tradicionais e Populares, oferecendo uma escuta sensível e acolhedora, mas principalmente viabilizando a implementação dessa nova política”, disse Tião Soares, diretor de Promoção das Culturas Tradicionais e Populares do MinC.
Durante a edição no Rio, foram discutidos temas como a implementação da Política Nacional Aldir Blanc, a rede de Pontos e Pontões de Cultura da Política Nacional de Cultura Viva, o Sistema Nacional de Cultura e os mecanismos de participação social. Os participantes também trocaram experiências e dialogaram sobre as demandas de diversas manifestações culturais brasileiras. Para Mestra Fatinha do Jongo de Pinheiral, essa aproximação é essencial.
“As políticas públicas são fundamentais para nós. Vivemos um momento importante, com editais e ações culturais em andamento. Estamos sempre em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura e o Ministério para tornar a cultura acessível e garantir que os recursos cheguem ao interior. É crucial compartilhar nosso conhecimento e saberes”, explicou.
Entre os presentes, destacaram-se Thiago Rocha, diretor de Assistência Técnica a Estados, Distrito Federal e Municípios; Lindivaldo Junior, diretor do Sistema Nacional de Cultura; e Sandra Benites, diretora de Artes Visuais da Funarte. O evento contou ainda com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural e da Secretaria Municipal de Cultura.
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