Brasil em Protagonismo na Economia de Baixo Carbono
Na última quarta-feira (7/5), durante o painel "COP30: A Chave para o Protagonismo do Brasil" realizado em Brasília, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, ressaltou a importância do novo modelo econômico sustentável que o país está adotando. Em sua fala, Dubeux enfatizou o compromisso do Brasil com uma agenda de Transformação Ecológica, tendo como meta até 2050 dobrar a renda per capita e alcançar a neutralidade em emissões de carbono.
"Tal qual a gente tem uma meta de chegar a zero emissões líquidas de carbono em 2050, a gente tem uma meta de dobrar a renda per capita do Brasil até 2050", afirmou o secretário, destacando a visão de longo prazo do Plano de Transformação Ecológica, conhecido como Novo Brasil.
Medidas para um Futuro Sustentável
Dubeux apresentou um estudo realizado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, em parceria com o Banco Mundial, que analisa o impacto das medidas do Novo Brasil na economia do país. Segundo ele, a adoção dessas medidas poderá aumentar o crescimento do PIB em até 0,4% ao ano, superando a média histórica de crescimento.
“Historicamente, os ministérios da Fazenda cuidam da estabilidade macroeconômica e da promoção de um ambiente favorável aos investimentos, mas agora estamos incorporando uma terceira diretriz: a Transformação Ecológica”, ressaltou Dubeux, enfatizando que a futura economia deve ser de baixo carbono, o que abre oportunidades em setores como biocombustíveis e energias renováveis.
Resultados já Visíveis
O secretario também mencionou os resultados positivos que o Brasil já vem apresentando, incluindo um crescimento do PIB de 3,2% em 2023, além de taxas de desemprego e pobreza que se encontram nas menores marcas históricas. No entanto, ele alertou que esses avanços são apenas o início do que é necessário para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável e inclusivo.
Dubeux defendeu a criação de um mercado regulado de carbono, que foi aprovado no Congresso Nacional no final de 2024. Essa iniciativa busca estabelecer um teto de emissões, forcando as empresas a se adaptarem e adotarem práticas mais sustentáveis.
Integração de Mercados de Carbono
Com a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) em Belém (PA), Dubeux também apresentou uma proposta inovadora para a integração dos mercados de carbono entre os países. A ideia é avançar nas negociações sem depender de uma aprovação unânime, propondo regras ambiciosas que incentivem outros países a aderirem à proposta.
A iniciativa é voltada para promover não só a eficiência ambiental, mas também a justiça social em termos de desenvolvimento, considerando as particularidades de cada país.
Conclusão
O novo modelo econômico do Brasil visa um futuro mais sustentável e, ao mesmo tempo, mais próspero, promovendo a integração de mercados e a adoção de tecnologias inovadoras. As estratégias delineadas pelo Ministério da Fazenda representam um passo significativo na luta contra a mudança climática e na busca por um desenvolvimento econômico equilibrado.
Perguntas Frequentes
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Quais são as metas do Brasil na agenda de Transformação Ecológica?
- O Brasil visa até 2050 dobrar a renda per capita e alcançar a neutralidade em emissões de carbono.
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Como o novo modelo econômico impactará o PIB?
- As medidas do Novo Brasil poderão aumentar o crescimento do PIB em até 0,4% ao ano, além da média histórica.
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Qual a importância do mercado regulado de carbono?
- Ele estabelece um teto de emissões, obrigando as empresas a se adaptarem e adotarem práticas sustentáveis.
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Como a proposta de integração dos mercados de carbono funcionará?
- A proposta permite negociar sem a aprovação unânime, criando regras que incentivam países a aderirem, com foco na justiça social.
- Quais resultados positivos já foram alcançados pelo Brasil?
- O crescimento do PIB foi de 3,2% em 2023, com as menores taxas de desemprego e pobreza na história.