Seminário Discute Memórias da Ditadura e Criação de Memorial
Entre os dias 5 e 7 de maio, a Universidade Federal Fluminense (UFF) sediou o seminário “Ditadura, Resistência e Lugares de Memória no Brasil”. O evento, realizado em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), teve como objetivo discutir a criação de um memorial na antiga Casa da Morte, um espaço que foi utilizado como centro clandestino de repressão durante os anos 1970.
A Casa da Morte, localizada em Petrópolis (RJ), é um símbolo das atrocidades cometidas pela ditadura militar brasileira. O local não é apenas uma edificação histórica; abrigou torturas, sequestros e assassinatos de militantes políticos, evidenciando que a violência do Estado ocorreu em pleno contexto urbano, e não apenas em lugares isolados.
Paula Franco, coordenadora-geral de Políticas de Memória e Verdade do MDHC, ressaltou a importância do seminário, que promoveu um intercâmbio de ideias e experiências entre diferentes projetos de memória no Brasil. "Pensar coletivamente sobre os ‘lugares de memória’ é um passo essencial para entendermos nosso passado recente autoritário", afirmou.
A abertura do seminário contou com a participação de representantes de iniciativas de memória de várias partes do Brasil, discutindo desde gestão de memoriais até educação em direitos humanos. As professoras de História da UFF, Samantha Quadrat e Ângela Moreira, enfatizaram a necessidade de reconhecimento e valorização desses espaços como uma forma de reparação histórica. "Este memorial não é apenas um local de lembrança, mas um compromisso com a verdade e a promoção de uma sociedade mais justa", destacou Quadrat.
Fernanda da Rocha, coordenadora do Memorial da Democracia da Paraíba e familiar de um desaparecido político, sublinhou a relevância simbólica do memorial na Casa da Morte. "É uma homenagem à resistência das vítimas e à luta por justiça", disse, expressando esperança de que a iniciativa impulsione um diálogo mais amplo sobre democracia e direitos humanos.
Com a proposta de criar um espaço que preserve a memória das vítimas de um passado sombrio, o seminário se revela um marco importante para a construção de uma nova narrativa sobre a história recente do Brasil.
Perguntas e Respostas
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O que é a Casa da Morte?
- A Casa da Morte é um imóvel em Petrópolis (RJ) que funcionou como centro clandestino de repressão durante a ditadura militar brasileira nos anos 1970. No local ocorreram torturas e assassinatos de militantes políticos.
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Qual o objetivo do seminário “Ditadura, Resistência e Lugares de Memória no Brasil”?
- O seminário tem como objetivo discutir a criação de um memorial na Casa da Morte e promover a troca de experiências entre projetos de memória em diferentes regiões do Brasil.
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Quem são os principais responsáveis pela realização do evento?
- O seminário é uma iniciativa da Universidade Federal Fluminense (UFF) em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
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Por que é importante criar um memorial na Casa da Morte?
- Criar um memorial é uma forma de reparação histórica, que honra a memória das vítimas da ditadura e promove a educação sobre direitos humanos e a verdade histórica.
- Qual foi a mensagem central compartilhada pelos participantes do seminário?
- A mensagem central destaca a importância do reconhecimento do passado autoritário e o papel dos lugares de memória na construção de uma sociedade mais justa e democrática.
