O governo federal, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, está intensificando o monitoramento da saúde e do bem-estar de adolescentes no Brasil com a introdução dos Indicadores da Ação Global para Monitorar a Saúde e o Bem-Estar dos Adolescentes (GAMA). A iniciativa foi reforçada durante um workshop promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde, realizado nesta segunda-feira (11) em Brasília.
O evento, organizado em colaboração com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Coordenação de Saúde de Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde, teve como intuito aprimorar a capacidade nacional de monitoramento, identificar necessidades específicas dessa faixa etária e promover a colaboração entre diferentes setores, incluindo governo, sociedade civil, academia e os próprios adolescentes.
A secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Pilar Lacerda, representando o Ministério, enfatizou a importância da integração e do diálogo entre políticas públicas. “Ao adotar os indicadores GAMA, reafirmamos nosso compromisso com políticas baseadas em evidências, garantindo que nenhum adolescente fique para trás”, declarou.
Ela também destacou que o encontro facilitou a articulação de diversos agentes, ressaltando a necessidade de um diálogo aberto e da participação social. “Trabalhar com dados de qualidade é essencial para formarmos políticas que realmente impactem a vida dos adolescentes”, acrescentou.
O workshop contou com a presença de especialistas, gestores públicos, representantes de organismos internacionais e adolescentes de várias regiões do país, todos reunidos para discutir estratégias de qualificação e integração de ações voltadas a essa população.
Os Indicadores GAMA, coordenados pela Organização Mundial da Saúde em parceria com várias agências da ONU e instituições internacionais, guiam países na coleta e análise de dados críticos para fundamentar políticas públicas que atendam às demandas dos jovens.
A metodologia abrange 47 indicadores, aplicáveis a diversas características populacionais, como idade, gênero, situação escolar, contextos humanitários, deficiência, diversidade étnica e religiosa, além da condição migratória ou institucional. A avaliação das necessidades de saúde dos adolescentes foca em seis áreas estratégicas:
1. Boa saúde e alimentação adequada – incluindo mortalidade, hospitalizações e hábitos alimentares;
2. Vínculo, valores positivos e contribuição social – abordando relações familiares e engajamento;
3. Ambiente de apoio e segurança – condições socioeconômicas e violência;
4. Aprendizagem, educação e empregabilidade – avaliação da escolaridade e competências sociais;
5. Autonomia e resiliência – aspectos de saúde e tomada de decisões;
6. Políticas e sistemas – serviços de saúde e programas de prevenção.
Esses indicadores também se organizam em seis áreas de intervenção: políticas, programas e leis; sistemas e intervenções; determinantes sociais e culturais; comportamentos e riscos; bem-estar subjetivo; e resultados em saúde.
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