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Marina Silva enfatiza que o mundo não pode agir de maneira isolada frente às consequências das mudanças climáticas, em declaração à Agência Gov

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, concedeu uma entrevista a jornalistas, na qual abordou o Diálogo da América do Sul, Central e Caribe do Balanço Ético Global (BEG), realizado nesta quinta-feira (14). Este evento integra os quatro pilares de mobilização da COP 30, a Conferência do Clima da ONU a ser realizada em Belém (PA), e busca discutir a urgência ética de enfrentar a mudança climática.

A coletiva, realizada de forma remota, também contou com a participação da ex-presidente do Chile e co-líder da iniciativa para a região, Michelle Bachelet, e da CEO da COP 30, Ana Toni. Elas detalharam a conexão do BEG com as negociações formais que envolverão cerca de 200 países, programadas para novembro.

Marina Silva enfatizou a necessidade de uma ação imediata, afirmando que “o mundo não pode mais trabalhar apenas no vazio”, dado que as consequências das mudanças climáticas são palpáveis, especialmente para os mais vulneráveis. Segundo a ministra, o BEG é vital para que a sociedade traga suas contribuições e implemente os resultados necessários em meio a uma crise climática sem precedentes, que impacta a vida, os processos produtivos e a preservação dos ecossistemas.

Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do secretário-geral da ONU, António Guterres, o BEG consiste em Diálogos Regionais que ocorrerão até outubro em diferentes continentes. O primeiro, representando a Europa, foi realizado em Londres em junho, enquanto Diálogos Autogestionados, conduzidos por organizações da sociedade civil e governos, seguem a mesma metodologia e princípios.

O segundo diálogo do BEG está agendado para 21 de agosto em Bogotá, Colômbia, e será liderado por Michelle Bachelet. O encontro reunirá representantes de diversos grupos sociais da América do Sul, Central e do Caribe, refletindo a pluralidade de identidades, geografias e visões de mundo. Bachelet destacou que o espaço será intergeracional e multissetorial, onde vozes de líderes comunitários, jovens, cientistas, religiosos, artistas, empresários e ativistas serão ouvidas.

Ana Toni ressaltou que “o BEG é a bússola que vai nos ajudar”, enfatizando os princípios éticos que guiarão a implementação da COP com o objetivo de acelerar processos efetivos. Cada região terá um co-líder para promover e articular os princípios e objetivos do BEG, entre eles Mary Robinson na Europa e Bachelet, além de Wanjira Mathai (África), Kailash Satyarthi (Ásia), Anote Tong (Oceania) e Karenna Gore (América do Norte).

O processo culminará em seis relatórios regionais e um relatório-síntese, que será apresentado à Presidência da COP 30 durante a Pré-COP em outubro, visando informar as decisões e diálogo com chefes de Estado e negociadores climáticos.

Inspirado pelo primeiro Balanço Global do Acordo de Paris, o Balanço Ético Global procura complementar as avaliações técnicas com reflexões sobre as implicações éticas relacionadas às negociações climáticas. O processo se baseia nas evidências científicas mais recentes, produzidas por acadêmicos, povos indígenas e comunidades tradicionais, além das necessidades locais na construção de novos paradigmas de desenvolvimento, alinhados à meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.

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