O governo brasileiro expressou profunda preocupação em relação ao relatório do Comitê de Revisão da Fome da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC) sobre a situação na Faixa de Gaza, Estado da Palestina. O documento revela uma crise de fome crônica em Gaza e nas áreas circunvizinhas, afetando mais de 500 mil pessoas e descrevendo “condições catastróficas de fome, indigência e morte”. O Brasil endossa a declaração conjunta emitida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que clama pela urgente erradicação da fome e destaca a necessidade de um cessar-fogo imediato para permitir a entrada segura e em escala suficiente de ajuda humanitária.
O cenário alarmante, segundo o relatório, é resultado da escassez generalizada de suprimentos básicos provocada pelas rígidas restrições do governo israelense à entrada e à distribuição de ajuda humanitária em Gaza, em clara violação do direito internacional humanitário.
Ao condenar o uso da fome como arma de guerra, o Brasil reforça seu apelo pelo levantamento imediato e incondicional dessas restrições, visando facilitar a entrada de ajuda humanitária em volume adequado para suprir as demandas da população de Gaza. O Comitê alerta que, se as condições não mudarem, a fome poderá se espalhar rapidamente para outras partes do território.
O governo brasileiro também reafirma a necessidade urgente de cessar os ataques israelenses a Gaza e de desistir de planos de intensificação das operações militares, que apenas agravariam a já crítica situação humanitária.
Nesse contexto, o Brasil reitera a necessidade de um cessar-fogo permanente, com a retirada total das tropas israelenses de Gaza, a libertação dos reféns remanescentes e o início da reconstrução da infraestrutura civil na Faixa, sob a liderança do governo legítimo do Estado da Palestina. O país defende a solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável coexistindo pacificamente com Israel, respeitando as fronteiras de 1967, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, e com Jerusalém Oriental como sua capital.
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