O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta segunda-feira (18/8), em Brasília, o presidente do Equador, Daniel Noboa. Após a reunião, Lula destacou a importância de diversificar parcerias comerciais diante de um cenário global desafiador e defendeu o fortalecimento do comércio bilateral entre os dois países.
Em sua declaração à imprensa, Lula enfatizou a necessidade de manter a firmeza na defesa da independência brasileira em um contexto de rivalidades crescentes e enfraquecimento das instituições multilaterais. “Para o Brasil, autonomia é um sinônimo de diversificação de parcerias. Os laços com o Equador e com demais vizinhos sul-americanos são prioridade para nós”, afirmou.
A segurança pública também foi abordada, com Lula reiterando a cooperação entre Brasil e Equador no combate ao crime organizado. “Não é preciso classificar organizações criminosas como terroristas, nem violar a soberania alheia para combater o crime. Para deter as redes criminosas na América do Sul, precisamos agir em conjunto. Reforcei ao presidente Noboa nossa oferta de cooperação em segurança pública”, comentou.
O presidente também destacou a urgência de enfrentar a criminalidade na esfera digital, alertando que sem regulação das grandes empresas de tecnologia, as sociedades estarão sob constante ameaça. “As redes digitais não devem ser terra sem lei”, afirmou, sublinhando a necessidade de erradicar a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Referindo-se ao bioma amazônico compartilhado entre Brasil e Equador, Lula declarou que a América do Sul está posicionada para liderar uma transição energética justa, mencionando a COP30 em novembro, onde a Amazônia será central nas discussões sobre soluções globais.
Antes das declarações, representantes dos dois países assinaram acordos nas áreas de combate à fome, agricultura familiar e inteligência artificial.
Na pauta de exportações do Brasil para o Equador, destacam-se produtos como papel, veículos automóveis e trigo. As importações brasileiras, por sua vez, incluem chumbo, pescados e artigos de confeitaria. Em 2024, o Equador foi classificado como o 50º destino das exportações brasileiras e a 73ª origem das importações.
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