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Governo anuncia o Plano Brasil Soberano, visando proteger exportadores e trabalhadores das sobretaxas impostas pelos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, na quarta-feira (13), o Plano Brasil Soberano, um conjunto inicial de medidas destinado a mitigar os impactos econômicos decorrentes do aumento unilateral de até 50% nas tarifas de importação de produtos brasileiros, anunciado pelo governo dos EUA em 30 de julho.

O Plano é estruturado em três eixos: fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores, e diplomacia comercial e multilateralismo. As iniciativas visam proteger exportadores brasileiros, conservar empregos, incentivar investimentos em setores estratégicos e garantir a continuidade do desenvolvimento econômico do país.

As medidas alocam R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) para oferecer crédito a taxas acessíveis, além de ampliar linhas de financiamento para exportações, prorrogar a suspensão de tributos para empresas exportadoras e aumentar o percentual de restituição de tributos federais por meio do Reintegra. Também está prevista a simplificação na aquisição de gêneros alimentícios por órgãos públicos.

Desde a criação do Comitê Interministerial de Negociações e Contramedidas Econômicas e Comerciais em 14 de julho, coordenado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, já foram realizadas 39 reuniões envolvendo cerca de 400 representantes do setor produtivo e de entidades como federações industriais e governos estaduais.

Com o Plano Brasil Soberano, o governo não apenas responde a uma ameaça imediata, mas também busca reconstruir e fortalecer o sistema nacional de financiamento e seguros à exportação, aumentando a competitividade do país e a resiliência frente a futuras tarifas. A estratégia visa estimular a presença internacional das empresas brasileiras, aliando a defesa de empregos e produção nacional à preparação para novos desafios no comércio exterior.

Principais medidas do Plano Brasil Soberano

  1. Linhas de crédito

    • R$ 30 bilhões do FGE destinados a empréstimos com taxas acessíveis.
    • Prioridade para empresas com alta dependência de exportações para os EUA e para os setores mais impactados.
    • Pequenas e médias empresas poderão acessar fundos garantidores.
    • Para ter acesso, é necessário manter o número de empregos.
  2. Prorrogação do regime de drawback

    • Extensão do prazo por um ano para empresas comprovarem a exportação de produtos que utilizam insumos com suspensão tributária.
    • Essa extensibilidade evita penalidades para empresas que não conseguirem cumplir os prazos originais.
  3. Diferimento de tributos federais

    • Autorização para a Receita Federal adiar a cobrança de impostos para empresas significativamente impactadas.
  4. Compras públicas

    • União, Estados e Municípios poderão realizar compras por meio de procedimentos simplificados para programas de alimentação, assegurando transparência.
  5. Modernização do sistema de exportação

    • Ampliação das garantias à exportação e fortalecimento de empresas exportadoras de setores de alta tecnologia.
    • Prevê mecanismos de compartilhamento de risco entre governo e setor privado, utilizando o Fundo Garantidor do Comércio Exterior (FGCE).
  6. Fundos garantidores

    • Aportes adicionais no FGCE, no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) do BNDES, e no Fundo de Garantia de Operações (FGO) do Banco do Brasil.
  7. Novo Reintegra
    • O regime oferece devolução de parte dos tributos pagos ao longo da cadeia produtiva, com aumento de até 3 pontos percentuais nas alíquotas para empresas afetadas.

EIXO 2: Proteção ao trabalhador
O Plano Brasil Soberano institui a Câmara Nacional de Acompanhamento do Emprego, que monitorará o cenário de emprego nas empresas impactadas, fiscalizando obrigações e propondo ações para preservar postos de trabalho.

EIXO 3: Diplomacia comercial e multilateralismo
O plano também visa diversificar mercados e reduzir a dependência em relação aos EUA, com progressos em negociações internacionais, incluindo acordos com a União Europeia e Emirados Árabes Unidos.

O Brasil reafirma sua disposição para o diálogo com os Estados Unidos, visando condições justas de comércio e reforçando seu compromisso com o multilateralismo por meio da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.

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