O Fundo Amazônia celebra 17 anos de atuação com um evento que ocorre em Manaus (AM) nestas terça e quarta-feira (12 e 13 de agosto). Com o tema “Raízes e Rumos: O que aprendemos. O que queremos. O que construiremos juntos”, o encontro reúne mais de 100 participantes, incluindo representantes indígenas, comunidades tradicionais, governos estaduais e organizações da sociedade civil, que representam os 139 projetos apoiados desde a criação do Fundo.
Como principal iniciativa de cooperação internacional para o combate ao desmatamento, o Fundo Amazônia tem promovido desde a produção sustentável até a melhoria das condições de vida das comunidades tradicionais que preservam a floresta. Mais de 600 organizações comunitárias e 260 mil pessoas foram beneficiadas por suas ações, incluindo investimentos em projetos de ordenamento territorial em mais de 161 terras indígenas.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou que “o Fundo Amazônia possui uma arquitetura complexa, criada com a colaboração de diversos parceiros, e é pioneiro ao remunerar resultados já alcançados na redução do desmatamento”. Ela destacou ainda que a iniciativa beneficia uma ampla gama de grupos que preservam a floresta por meio de suas práticas de vida. “É gratificante ver que, durante os governos do presidente Lula, estabelecemos mecanismos para que as políticas e recursos públicos cheguem às comunidades”, acrescentou.
De acordo com a ministra, o Fundo é um “fundo mãe” que catalisa recursos para outras iniciativas, ampliando seu impacto em diferentes regiões do país. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reafirmou a importância do Fundo para a preservação ambiental, ressaltando que ele demonstra a viabilidade de unir conservação e desenvolvimento sustentável, melhorando a vida das populações amazônicas. Mercadante assegurou que o compromisso é manter a transparência e alcançar resultados concretos.
O evento em Manaus apresenta exposições de projetos, venda de produtos apoiados e atrações culturais. A abertura do encontro contou com presença online da ministra Marina Silva, além de outras autoridades do meio ambiente e do BNDES.
O secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, observou que a continuidade dos resultados na redução do desmatamento aumenta as oportunidades de receber apoio internacional, crucial para a meta de desmatamento zero até 2030. Mesas temáticas permitirão a discussão sobre aprendizados, desafios e planejamento futuro.
Nos últimos anos, o Fundo Amazônia investiu também em ações de monitoramento e combate a incêndios florestais, além de apoiar a implementação de políticas para prevenção de incêndios em biomas adjacentes à Amazônia. Projetos estruturantes em colaboração com o Ibama e o Ministério da Justiça visam combater crimes relacionados ao desmatamento e fortalecer a fiscalização ambiental.
Após uma interrupção de 2019 a 2022, o Fundo voltou a financiar novos projetos em 2023, contando com novos doadores, como Reino Unido, Estados Unidos e Japão. Desde então, foram contratados R$ 1,5 bilhão, parte de um total de R$ 4 bilhões para recompensar os resultados brasileiros na redução do desmatamento.
Os novos projetos apoiados incluem a restauração ecológica em 15 mil hectares, presença em 74 terras indígenas, apoio a Corpos de Bombeiros e iniciativas que conectam preservação a segurança alimentar e geração de renda, beneficiando dezenas de milhares de pessoas.
No estado do Amazonas, o Fundo investiu R$ 277 milhões em 13 projetos. O projeto Prospera Amazônia, voltado para a consolidação de áreas protegidas, é um dos destaques. A atuação do Fundo tem como base um comitê orientador que inclui representantes do governo e da sociedade civil.
Desde sua criação, o Fundo Amazônia já aprovou R$ 5,6 bilhões para 133 projetos. Até junho deste ano, R$ 2,7 bilhões foram desembolsados. Informações detalhadas sobre todos os projetos apoiados estão disponíveis no site do Fundo.
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