Entre os dias 19 e 21 de agosto, uma força-tarefa de fiscalização foi realizada nos municípios de Pelotas, Capão do Leão, Bagé e Hulha Negra com o intuito de investigar denúncias de trabalho em condições análogas à escravidão. As inspeções foram direcionadas a estabelecimentos rurais, da construção civil, de reciclagem e a setores relacionados à exploração sexual.
A operação, coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), teve o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF), por meio das Delegacias de Pelotas e Bagé.
Durante a ação, foram identificadas irregularidades trabalhistas, incluindo informalidade e condições inadequadas no ambiente de trabalho. Contudo, não foram constatadas situações que caracterizassem trabalho análogo à escravidão ou tráfico de pessoas. A fiscalização também abrangeu alojamentos de trabalhadores terceirizados em duas obras públicas.
Em Pelotas, um estabelecimento de venda de lenha foi interditado, e outro local foi notificado para regularizar o vínculo de emprego de mulheres profissionais do sexo, além de abordar outras questões relacionadas ao ambiente laboral.
O chefe da fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul, Gerson Pinto, afirmou que a força-tarefa teve como meta garantir a proteção dos trabalhadores e apurar rapidamente as denúncias, reiterando o compromisso das instituições no combate ao trabalho escravo e à exploração laboral.
Pinto destacou que o enfrentamento dessas práticas não se limita apenas às ações de fiscalização, mas também envolve orientação a empregadores e a construção de pactos que busquem um trabalho decente, segurança e saúde para todos os trabalhadores.
Em 2025, no Rio Grande do Sul, já foram resgatados 90 trabalhadores em condições análogas à escravidão em várias atividades rurais e urbanas, através de operações coordenadas pelo MTE, com a colaboração do MPT e da Polícia Federal.
As denúncias referentes a casos de trabalho em condições análogas à escravidão podem ser feitas de forma anônima por meio do Sistema Ipê, acessível em: https://ipe.sit.trabalho.gov.br/. Irregularidades trabalhistas também podem ser denunciadas por telefone, através da central Alô Trabalho, pelo número 158.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.