O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos divulgou, nesta sexta-feira, o Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais 2025, referente ao exercício de 2024. O documento, elaborado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), traz uma análise do desempenho das 44 estatais sob controle direto da União.
Entre os principais resultados, o relatório destaca um faturamento histórico de R$ 1,3 trilhão e R$ 6,7 trilhões em ativos, com crescimentos anuais de 4,9% e 10,9%, respectivamente. O lucro líquido das estatais foi de R$ 116,6 bilhões, refletindo uma queda de 41% em relação ao ano anterior, influenciada pela redução nos lucros da Petrobras. No entanto, ao excluir a petroleira, foi observado um crescimento de 9,4% no lucro, totalizando R$ 79,6 bilhões, evidenciando a saúde financeira das demais empresas.
As estatais reafirmaram sua importância na economia brasileira, gerando mais de 440 mil empregos diretos e representando 5,4% do PIB, além de realizarem R$ 96 bilhões em investimentos— um aumento de 44,1% em relação ao ano anterior. Desse total, R$ 152 bilhões foram distribuídos em dividendos e juros sobre capital próprio, com R$ 72,1 bilhões destinados ao governo federal.
A secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Elisa Leonel, enfatizou a relevância do relatório como parte do esforço para institucionalizar mecanismos de avaliação e integração entre as estatais, ressaltando sua contribuição para a economia do país e a eficácia de políticas públicas.
A ministra Esther Dweck destacou que, além dos bons resultados financeiros, as estatais desempenham um papel vital no desenvolvimento socioeconômico do Brasil, na promoção da igualdade e na universalização de bens e serviços, além de serem cruciais para o crédito habitacional e agrícola.
O relatório faz um apanhado não apenas dos resultados financeiros, mas também dos impactos sociais e ambientais das estatais. Entre 2023 e 2024, essas empresas investiram R$ 106 bilhões em iniciativas do Novo PAC, com bancos públicos expandindo para R$ 500 bilhões o crédito disponível para reindustrialização.
Além disso, diversas estatais alcançaram marcos significativos: a Petrobras, apesar da diminuição nos lucros, e o setor de portos atingiram recordes produtivos. O Banco do Brasil registrou a maior carteira de crédito agropecuário de sua história, enquanto a Caixa representou uma grande parte do crédito imobiliário do país.
O relatório também indicou que déficits primários em algumas estatais podem ser interpretados como sinal positivo para a economia, evidenciando a complexidade do desempenho financeiro das empresas. Além disso, para cada R$ 1 investido pelo governo, relacionou-se um retorno de R$ 2,51 em dividendos.
Por fim, a publicação do relatório reforça o compromisso do Ministério com a transparência e a prestação de contas, disponibilizando dados acessíveis para controle social e para pesquisas acadêmicas.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.
