Segundo Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar: Avanços e Desafios
Brasília, 23 de maio de 2025 — O Segundo Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural foi realizado entre os dias 19 e 23 de maio de 2025, na capital brasileira. Este encontro trouxe à tona questões cruciais sobre a persistência da fome e a necessidade de um desenvolvimento rural sustentável, reafirmando os compromissos compartilhados entre os países africanos e a República Federativa do Brasil.
Os representantes discutiram os avanços desde a primeira edição do Diálogo em 2010, mas reconheceram que muitos dos desafios permanece sem solução. Fome persistente, pobreza rural e desigualdades estruturais são problemas que afetam milhões de pessoas, exacerbados por mudanças climáticas, crises de saúde pública e conflitos armados. Além disso, os delegados destacaram o impacto desproporcional dessas dificuldades sobre os povos da África e os afrodescendentes.
O evento também reafirmou os laços históricos, culturais e ecológicos entre Brasil e África. O ano de 2025 é significativo, sendo declarado pela União Africana como o ano da “Justiça para os Africanos e Afrodescendentes por meio de Reparações”. A declaração final enfatizou a importância da cooperação em torno dos princípios da solidariedade, aprendizado mútuo e experiências compartilhadas, destacando a Cooperação Sul-Sul como uma ponte vital para enfrentar os desafios comuns.
Prioridades e Ações
Entre as prioridades discutidas, destaca-se a transformação dos sistemas alimentares, que deve centralizar o ser humano, garantindo o direito à alimentação adequada. A agricultura familiar foi reafirmada como um pilar para assegurar a soberania alimentar, promovendo coesão social e resiliência climática. O reconhecimento do papel das mulheres, jovens e comunidades tradicionais foi destacado como essencial para o desenvolvimento inclusivo.
Os países presentes congratularam-se pelas ações realizadas desde 2010, que incluem programas de aquisição institucional de alimentos, políticas públicas de agricultura familiar e iniciativas em sustentabilidade pesqueira e aquicultura. A criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza pelo Brasil durante sua Presidência do G20 em 2024 foi um passo significativo no alinhamento das ações entre os países.
Colaboração Contínua
A declaração final também fez um chamado à colaboração ampliada em diversas frentes, como proteção ambiental, gestão sustentável da água e controle do financiamento climático. A necessidade de políticas internacionais que priorizem os direitos humanos e um comércio justo e inclusivo foi enfatizada, sublinhando o papel vital do comércio internacional no combate à insegurança alimentar.
O Diálogo finaliza com um forte desejo de continuidade nas discussões e ações concretas que promovam justiça social e desenvolvimento sustentável, beneficiando não apenas as gerações atuais, mas também as futuras.
Perguntas Frequentes
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Qual foi o principal objetivo do Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar?
- O principal objetivo foi discutir e encontrar soluções conjuntas para a insegurança alimentar, a fome persistente e o desenvolvimento rural sustentável entre países africanos e o Brasil.
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Quais foram os principais desafios reconhecidos durante o evento?
- Os desafios incluem a fome persistente, a pobreza rural, as desigualdades estruturais e o impacto das mudanças climáticas e crises globais sobre as populações mais vulneráveis.
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Qual a importância da agricultura familiar nas discussões?
- A agricultura familiar é vista como fundamental para a soberania alimentar, coesão social e resiliência climática, sendo responsável pela produção da maioria dos alimentos consumidos localmente.
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Como a cooperação internacional foi abordada?
- A cooperação foi enfatizada como essencial, com apoio à Cooperação Sul-Sul e a necessidade de um comércio justo e inclusivo, que atenda aos direitos humanos e promova o acesso equitativo a recursos.
- Quais são as expectativas para o futuro após o Diálogo?
- As expectativas incluem a continuidade das discussões, o estabelecimento de ações concretas e a mobilização de recursos para enfrentar coletivamente os desafios da segurança alimentar e desenvolvimento sustentável.
Fonte
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