O aquecimento global representa uma ameaça real à floresta amazônica e, consequentemente, à vida do povo que nela habita. O presidente Lula enfatizou, durante uma reunião com representantes de países amazônicos, que é fundamental ouvir a voz dessa população e que sua participação será essencial para o êxito da COP 30.
Em sua declaração, o presidente brasileiro anunciou planos de transformar áreas de desmatamento em corredores de reflorestamento na Amazônia, comprometendo-se a recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa. O governo brasileiro já homologou 16 novas terras indígenas e possui quase 130 unidades de conservação na região.
Lula participou da 5ª Cúpula de Presidentes dos Estados Partes do Tratado de Cooperação Amazônica, realizada em Bogotá. O encontro contou com a presença dos presidentes do Brasil e da Colômbia, além de representantes do Equador e de outras nações amazônicas. O presidente classificou a reunião como uma renovação dos compromissos estabelecidos pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e defendeu uma maior cooperação regional em relação às ações estratégicas para a COP 30, que ocorrerá em novembro em Belém.
De acordo com o governo brasileiro, a COP 30 será uma plataforma para a proteção da Amazônia, visando garantir direitos e bem-estar para seus habitantes, além de posicionar a região na agenda global. Lula também abordou a necessidade de uma nova realidade energética, destacando a transição dos combustíveis fósseis para fontes de energia limpa. Ele criticou a ausência de uma governança global eficaz no combate ao aquecimento global e a importância de enfrentar a violência na região, ao que atribuiu a relação com a pobreza e à inserção social.
O presidente lamentou a situação de vulnerabilidade do povo amazônico, que sofre com a violência que destrói a floresta e ameaça seu modo de vida. Lula ressaltou a necessidade de apoio financeiro dos países industrializados para implementações sustentáveis e cobrou um compromisso sério em relação às mudanças climáticas.
Lula ainda comunicou que estava enviando convites formais a líderes globais para a COP 30, incluindo o presidente dos Estados Unidos, e enfatizou a importância de atender aos desafios climáticos coletivamente, reforçando a necessidade de uma nova governança global.
Além disso, destacou os avanços do governo brasileiro em relação à Amazônia, como a redução do desmatamento, a criação de unidades de conservação e o fortalecimento da participação indígena. A reunião em Bogotá faz parte de um esforço contínuo para consolidar um diálogo que integre a sociedade civil e os povos indígenas, preparando o terreno para a COP 30, que promete ser um marco nas discussões sobre desenvolvimento sustentável e proteção ambiental.
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