Câmara de Assessoramento Científico: um novo passo para a política climática brasileira
Na última segunda-feira (26), a Câmara de Assessoramento Científico, criada sob o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), realizou a sua primeira reunião ordinária. Composta por 15 membros titulares e 15 suplentes, a câmara reúne especialistas em diferentes áreas da ciência, todos comprometidos em contribuir com dados e evidências que irão orientar as políticas públicas sobre mudanças climáticas no Brasil.
A importância do comitê
O CIM, que integra 23 ministérios, representa a mais alta esfera na governança climática do país. Segundo Márcio Rojas, coordenador-geral de Ciência do Clima do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), “este colegiado terá desafios importantes em compaginar a urgência apontada pela ciência para o enfrentamento da mudança do clima e outros aspectos da realidade”.
A Câmara tem entre suas competências a tarefa de fornecer à política climática os melhores dados científicos disponíveis, permitindo a formulação e implementação de um Plano Clima que visa adaptações e mitigação até 2035. Este plano é considerado um marco para a agenda nacional, e a câmara desempenhará um papel crucial na sua execução.
“Necessitamos dessa institucionalidade para que o conhecimento científico possa embasar e orientar o rumo das ações do governo”, destacou Aloísio Melo, secretário Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente.
Especialistas e procura por soluções
Os membros da câmara foram selecionados a partir de indicações de instituições de renome, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC). Os especialistas contemplam uma gama diversificada de disciplinas, incluindo biodiversidade, saúde, segurança hídrica e bioeconomia.
Moacyr Araujo, que coordenará os trabalhos no primeiro ano, expressou confiança no potencial colaborativo do grupo. “Estamos inaugurando uma nova fase de interação entre a ciência e a política pública brasileira”, afirmou.
Avançando para o futuro
A criação desta câmara é um passo importante para garantir que a ciência esteja no centro das decisões políticas sobre o clima no Brasil. O CIM tem a ambição de se tornar um modelo no combate às mudanças climáticas, seguindo exemplos de outros países como o Reino Unido e a Alemanha, onde a ciência tem um papel fundamental na definição de prioridades.
Além disso, outras duas câmaras estão sendo criadas, ampliando o diálogo com a sociedade e fortalecendo as interações entre diferentes níveis de governo. Essas iniciativas visam reforçar um processo decisório mais inclusivo e eficaz no combate às mudanças climáticas.
Perguntas e respostas:
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O que é a Câmara de Assessoramento Científico?
A Câmara de Assessoramento Científico é um grupo de especialistas criado para assessorar o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) no Brasil, fornecendo dados e evidências científicas para orientar políticas públicas. -
Qual é o objetivo do CIM?
O objetivo do CIM é promover uma governança climática eficaz, integrando as políticas de 23 ministérios para enfrentar as mudanças climáticas no Brasil. -
Quem compõe a Câmara de Assessoramento Científico?
A câmara é composta por 15 membros titulares e 15 suplentes, selecionados com base em suas expertises em áreas relacionadas às mudanças climáticas, como biodiversidade e saúde. -
Qual é o mandato dos membros da Câmara?
O mandato dos membros da Câmara é de dois anos, podendo ser renovado por mais dois anos. - Como a ciência contribui para a política climática?
A ciência fornece dados e evidências que ajudam a definir prioridades nas políticas públicas, assegurando que as decisões sejam baseadas em informações sólidas e relevantes.
