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Com 14 mil atendimentos registrados, o primeiro Mutirão do Agora Tem Especialistas, realizado em território indígena, superou em 12 vezes o número de atendimentos inicialmente previstos

O mutirão inédito do programa Agora Tem Especialistas, realizado entre 1º e 9 de agosto na Aldeia Belém dos Solimões, superou as expectativas ao registrar 14 mil atendimentos, alcançando 12 vezes mais serviços especializados do que os 1,2 mil atendimentos inicialmente previstos. O evento, que contemplou as comunidades Tikuna, Kokama, Kambeba e Kanamari, localizada em Tabatinga (AM), proporcionou um atendimento abrangente em saúde.

A ação, promovida pelo Ministério da Saúde em colaboração com a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS), visou reduzir a espera por consultas, exames e cirurgias. Durante o mutirão, foram efetuadas 182 cirurgias oftalmológicas, além de 1,9 mil consultas e 11,2 mil exames e procedimentos. A comunidade indígena, que conta com cerca de 10,5 mil habitantes, recebeu também 651 óculos.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o programa não apenas fornece equipamentos e profissionais de saúde, mas também respeita a cultura local. A abordagem do atendimento incluiu adaptações, como a utilização de redes para recuperação pós-operatória e intérpretes para auxiliar indígenas que não falam português.

Padilha ressaltou a importância do atendimento humanizado, com um centro cirúrgico móvel que é uma inovação social, permitindo a oferta de cuidados especializados sem que as comunidades precisem se deslocar longas distâncias.

Eládio Curico, membro do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), expressou sua gratidão pelo atendimento e elogiou a evolução do SUS, afirmando: “A Amazônia sempre foi esquecida. Em 24 horas, já recuperei a visão.”

Um indígena do povo Kokama, afetado por catarata, também foi um dos beneficiados pela cirurgia oftalmológica realizada na sua aldeia.

O projeto de assistência não se limitou a Belém dos Solimões, pois outros mutirões estão programados para ocorrer em diversas aldeias da Amazônia brasileira até novembro. O segundo mutirão já está em curso na Aldeia Morada Nova, em Itamarati (AM), com um centro cirúrgico semelhante instalado.

Com foco na oftalmologia, saúde da mulher e pediatria, os mutirões visam atender a necessidade de saúde nas áreas mais remotas, incluindo triagens em comunidades no Alto Rio Solimões e outros distritos sanitários. Esses esforços são uma parte do compromisso contínuo de ampliar o acesso a cuidados de saúde em regiões isoladas.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.

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