Na manhã desta quarta-feira (6/8), em Brasília, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, apresentou um panorama detalhado das políticas e iniciativas do MCTI durante a Reunião Pública do Conselho Nacional de Educação (CNE). O encontro focou no fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação na educação em seus diversos níveis.
A ministra ressaltou os progressos obtidos desde 2023, com destaque para o fortalecimento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e a colaboração com o Ministério da Educação (MEC) para expandir o acesso à ciência nas escolas públicas do país.
“Na Sociedade do Conhecimento e neste mundo 4.0, educação, ciência, tecnologia e inovação são sinônimos de desenvolvimento e autonomia”, afirmou Luciana Santos. Ela enfatizou que o governo atual reconhece a educação e a ciência como investimentos e não como despesas, evidenciado pela recomposição integral do FNDCT, uma decisão política que possibilitou um aumento significativo nos recursos destinados à ciência nacional.
De acordo com a ministra, o FNDCT passou de R$ 2,8 bilhões em 2019 para uma previsão de R$ 14,7 bilhões em 2025. Esses recursos são essenciais para revitalizar a infraestrutura de pesquisa, fomentar a inovação e formar profissionais em áreas estratégicas, como inteligência artificial e segurança cibernética.
Luciana também fez menção ao programa Mais Ciência na Escola, em parceria com o MEC, que contará com um investimento de R$ 200 milhões para atender 2 mil escolas no presente ano, incluindo laboratórios práticos, bolsas para 20 mil estudantes e capacitação de professores por meio de universidades e institutos federais.
Ela destacou ainda a importância da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, programada para ocorrer de 20 a 26 de outubro, com o tema “Planeta Água: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas em meu território”.
Além das iniciativas para a educação básica, a ministra apresentou ações voltadas para o ensino superior, como o Pró-Infra, que já investiu R$ 4,3 bilhões na expansão e modernização da infraestrutura científica, com mais de R$ 1,3 bilhão direcionado às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Também foi mencionado o programa Conhecimento Brasil, que visa repatriar pesquisadores brasileiros que atuam no exterior, já atraindo o interesse de mais de 2.500 profissionais.
O presidente do CNE, Cesar Callegari, sublinhou a importância do diálogo entre as políticas de ciência, tecnologia e inovação e as diretrizes da educação nacional. Ele anunciou a formação de uma comissão para promover uma temática de ciência e inovação em todas as etapas educacionais do país.
O conselheiro Paulo Fossatti defendeu a inclusão da ciência na educação desde a infância até o pós-doutorado, apresentando diretrizes que incluem acesso à cultura científica, currículos inovadores, formação de educadores e ecossistemas de inovação.
Israel Batista alertou sobre a degradação da credibilidade científica no Brasil e a necessidade de protagonismo nacional no uso de novas tecnologias. Ele defendiu que o país deve deixar de ser apenas um consumidor dessas tecnologias. Em relação à inteligência artificial, Batista mencionou que o CNE está desenvolvendo diretrizes para a sua aplicação pedagógica nos currículos das licenciaturas, destacando a diversidade na abordagem de conhecimentos na escola.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.