"Ciência e espiritualidade podem andar juntas", diz a especialista Dona Alma, que une saberes ancestrais e técnicas modernas no cuidado
11 de maio de 2025 – 10h00 (atualizado em 12/5/2025 às 09h59)
Durante muito tempo, ciência e espiritualidade foram vistas como caminhos opostos — um se baseando em dados e experimentos, o outro guiado pela fé e intuição. No entanto, um número crescente de profissionais busca unir esses mundos, provando que razão e crença podem caminhar lado a lado no cuidado com a saúde e o bem-estar.
A conexão de Dona Alma
Um exemplo notável dessa união é Dona Alma, terapeuta holística humanizada e naturopata que carrega consigo a sabedoria de gerações de mulheres espiritualizadas. Vinda de uma linhagem de benzedeiras e leitoras de borra de café, ela revela que cresceu em um ambiente onde a fé era parte intrínseca da rotina familiar. "Não tive um chamado específico. A espiritualidade sempre esteve em mim, como algo natural", relata.
Apesar de sua conexão profunda com o mundo espiritual, Dona Alma sempre buscou embasamento técnico para oferecer atendimentos sérios e responsáveis. "Preciso entender as pessoas, os sentimentos, a dor do outro. Busco esse conhecimento diretamente no Pai Maior, mas também estudo, porque acredito que a espiritualidade deve caminhar com responsabilidade" afirma a terapeuta.
Estudos e conhecimentos
Nos últimos anos, a ciência tem lançado um olhar renovado sobre práticas antes consideradas apenas místicas. Diversas pesquisas em psicologia, neurociência e medicina integrativa comprovam os benefícios da espiritualidade e das terapias complementares para o equilíbrio do corpo e da mente. Estudos da Universidade de Harvard, por exemplo, indicam que práticas como meditação, oração e uso de fitoterapia podem reduzir o estresse, fortalecer o sistema imunológico e promover bem-estar emocional.
"Trabalho com ervas desde criança, mas quis entender o lado científico disso também. A naturopatia me abriu um mundo novo. É maravilhoso ver como hoje temos comprovações científicas mostrando o que nossos ancestrais já sabiam de forma intuitiva", relata Dona Alma.
A fé como riqueza
Para a terapeuta, a maior riqueza de seu trabalho está na entrega e no amor ao próximo. "Quando fazemos o bem, recebemos coisas que o dinheiro não pode comprar. A coisa mais importante que podemos ter é a nossa fé no Pai Maior", diz ela. Segundo Dona Alma, a espiritualidade não se perde por falta de fé, mas por questões sociais que afastam as pessoas do sagrado.
Seu propósito é claro: levar paz, bem-estar e a presença do divino para aqueles que buscam equilíbrio. "Se eu conseguir levar um pouco do que tenho dentro de mim para outra pessoa, já me sinto realizada", conclui.
Em um mundo cada vez mais voltado ao consumo e à performance, a união entre ciência e espiritualidade se apresenta como um caminho promissor para um cuidado mais humanizado e integral. Essa jornada resgata o essencial: a conexão com o outro e com algo maior.
