Os minerais críticos estão se tornando um elemento essencial para a soberania nacional, tema central na recente reunião entre a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e a diretora do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), Silvia França, em Brasília.
A diretora do CETEM destacou que o Brasil possui vastas reservas de minerais críticos e que a instituição trabalha há mais de uma década no desenvolvimento tecnológico voltado para esses recursos, com o objetivo de agregar valor à cadeia produtiva.
Esses minerais são fundamentais para setores estratégicos como tecnologia, defesa e transição energética, apresentando riscos de escassez ou dependência de fornecedores limitados. Exemplos de minerais críticos incluem lítio, cobalto, níquel e terras-raras.
Conforme dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o Brasil possui 94% das reservas de nióbio do mundo, totalizando 16 milhões de toneladas, além de ser o segundo em reservas de grafite (74 milhões de toneladas) e o terceiro em níquel (16 milhões de toneladas).
O CETEM está desenvolvendo projetos focados em lítio, terras-raras, níquel, cobalto e alumínio, bem como na produção de minerais para fertilizantes, todos visando à viabilização de depósitos e à adição de valor. A infraestrutura do CETEM, com laboratórios modernos e uma equipe técnica especializada, permite a criação de soluções para os desafios que o país enfrenta.
Os minerais críticos são indispensáveis na produção de baterias para veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e semicondutores, desempenhando um papel crucial na inovação tecnológica e nas energias renováveis. Eles são vitais para a redução da pegada de carbono e para garantir segurança econômica e geopolítica em um cenário global que demanda cada vez mais sustentabilidade e digitalização.
A diretora enfatizou que não é suficiente apenas possuir essas reservas; é fundamental que o país desenvolva e melhore tecnologias para agregar valor a esses recursos.
Com a transição energética e a crescente demanda por fontes de energia limpa, minerais como as terras-raras estão se tornando o foco de disputas comerciais internacionais. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o país abriga a terceira maior reserva de terras-raras, com 21 milhões de toneladas, localizadas em estados como Minas Gerais, Amazonas, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Roraima.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.