BRICS: Fortalecendo a Cooperação Cultural em Brasília
Em um cenário global em constante transformação, o Brasil acolheu a 2ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho (GT) da Cultura do BRICS, que teve início no dia 22 de outubro. Com o compromisso de fortalecer a cooperação cultural e promover uma governança inclusiva e sustentável, o evento reuniu representantes dos países-membros em Brasília, discutindo temas cruciais para o futuro das nações emergentes.
Temas em Debate
A reunião, que continuará até esta sexta-feira (23), abordou quatro eixos principais: Cultura e Economia Criativa; Direitos Autorais e Inteligência Artificial; Cultura, Mudanças Climáticas e Agenda de Desenvolvimento Pós-2030; além do Retorno de Bens Culturais. Segundo Bruno Melo, coordenador do grupo técnico do BRICS, esses tópicos têm um papel fundamental no mundo atual, especialmente para os países do Sul Global que enfrentam desafios únicos.
A economia criativa foi destacada como um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável, com o debate se concentrando na necessidade de regulamentação no ambiente digital, visando a proteção dos direitos autorais e a remuneração justa para os artistas.
Outro ponto de grande relevância é a interseção entre cultura e mudanças climáticas. Tatiana Teixeira, chefe da divisão de Assuntos Multilaterais Culturais do Ministério das Relações Exteriores, enfatizou a urgência desse debate, especialmente com a aproximação da Conferência das Partes (COP 30). Ela destacou a importância de discutir como a cultura pode ser utilizada na luta contra as mudanças climáticas, um tema que o Ministério da Cultura está comprometido a promover.
O retorno de bens culturais também foi debatido de maneira sensível. O termo "retorno" foi escolhido deliberadamente, por estar mais alinhado com a história e a cultura dos países, em vez de "restituição", que possui conotações diferentes no contexto internacional.
Expectativas e Conclusões
Após a abertura do evento, os participantes começaram a revisar o texto da declaração que orientará as políticas culturais dos membros do BRICS. A expectativa é que esse documento, resultante de um trabalho conjunto ao longo do semestre, seja finalizado e reflita as prioridades dos países no contexto global.
Com o Brasil presidindo o BRICS em 2025, a reunião não apenas representa uma plataforma para discutir a cultura, mas também um espaço estratégico para se abordar os desafios da governança global, promovendo uma agenda que favoreça a inclusão social, a sustentabilidade e a diversificação no mundo multipolar.
Perguntas Frequentes
1. O que é o BRICS?
O BRICS é um bloco composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que recentemente expandiu sua membresia para incluir países como Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos. O grupo visa promover a cooperação econômica e política entre nações emergentes.
2. Quais temas estão sendo discutidos nesta reunião do BRICS?
Os temas abordados incluem Cultura e Economia Criativa, Direitos Autorais e Inteligência Artificial, Cultura e Mudanças Climáticas, além do Retorno de Bens Culturais.
3. Por que o retorno de bens culturais é um tema relevante?
A discussão sobre o retorno de bens culturais é importante para reconhecer a história e os direitos das nações de origem. O termo "retorno" foi escolhido para enfatizar a ligação com a herança cultural, diferenciando-se de "restituição".
4. Qual é a importância da economia criativa?
A economia criativa é considerada essencial para o desenvolvimento sustentável. Ela não só gera emprego e renda, mas também preserva culturas e identidades locais, reforçando a importância da diversidade.
5. Como as mudanças climáticas afetam a cultura?
As mudanças climáticas têm um impacto direto sobre a cultura, pois modificam o ambiente natural e, consequentemente, as práticas culturais. Discutir essa interseção é vital para encontrar soluções que integrem a cultura na luta contra as mudanças climáticas.