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Brasil inclui todos os estados no projeto Rotas de Integração Sul-Americana

O Governo Federal apresentou nesta segunda-feira (28/7) o Relatório 2025 do projeto Rotas de Integração Sul-Americana. O documento, elaborado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, integra as 16 unidades da Federação que não fazem fronteira com países sul-americanos ao esforço de integração regional. Esta nova fase detalha as estratégias para a inserção dessas regiões no planejamento logístico do país, com ênfase na articulação das cadeias produtivas nacionais às rotas comerciais e ao acesso à costa do Pacífico.

A ministra Simone Tebet destacou que o projeto entra em sua terceira fase, ampliando o foco para além dos onze estados fronteiriços e incluindo as 16 unidades não fronteiriças, que representam 36% do território brasileiro, 73% do PIB e 74% da população do país.

As regiões agora incluídas possuem mais de 3,1 milhões de km², equivalente a um terço do Brasil, com uma população de aproximadamente 150,9 milhões de habitantes. Essas áreas têm relações comerciais sólidas com a América do Sul, registrando em 2024 exportações de US$ 24,3 bilhões e importações de US$ 16 bilhões.

Atualmente, 52% das exportações brasileiras para a América do Sul são realizadas por rodovia, sendo que as unidades não fronteiriças respondem por 66% desse comércio. O estado de São Paulo responde por 62% das exportações e 29% das importações dessas regiões, enquanto o Sudeste, incluindo Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, representa 87% das vendas e 84% das compras.

João Villaverde, secretário de Articulação Institucional, enfatizou a necessidade de mirar na América do Sul e no Pacífico. Ele ressaltou a importância dos portos brasileiros no Atlântico como pontos de escoamento para a produção de países vizinhos, ao mesmo tempo em que as Rotas Bioceânicas conectam o Brasil ao Pacífico.

Essa nova fase do programa foi produzida a partir de um processo de escuta que incluiu governos estaduais, ministérios, autarquias e agentes do setor produtivo. A proposta é instituir uma Sala de Situação para monitorar as iniciativas com maior precisão e agilidade, promovendo um canal de diálogo com os entes públicos e privados das regiões não fronteiriças.

O projeto Rotas busca integrar, de maneira coesa, os diversos espaços produtivos e logísticos do país, alinhando-se à política de desenvolvimento nacional e rompendo a concentração histórica voltada apenas para o Atlântico. A ministra Tebet reiterou que a conexão entre o Atlântico e o Pacífico pode gerar resultados positivos em termos de emprego, renda e inclusão social.

As 16 unidades federativas não-fronteiriças apresentaram propostas desenvolvidas a partir de suas vocações locais. No Sudeste, destacam-se a instalação de polos de exportação industrial e o fortalecimento do setor automotivo, enquanto no Nordeste, as iniciativas concentram-se na exploração das cadeias produtivas e do potencial turístico. No Norte e Centro-Oeste, as propostas enfatizam a integração produtiva e o fortalecimento dos modais rodoviário e ferroviário.

Diversos projetos anteriores e da nova etapa já possuem recursos garantidos do Orçamento Federal, do BNDES e do setor privado. O avanço do programa também abriu novas possibilidades de financiamento, incluindo o uso de Fundos Constitucionais de Financiamento e ações previstas nos Planos Plurianuais dos estados.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.

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