O folclore é uma das mais autênticas expressões culturais de um povo, refletindo um conjunto de crenças e conhecimentos que se manifestam por meio de contos, músicas e parlendas. No Brasil, a diversidade étnica e a fusão de culturas resultaram em uma riqueza cultural que se perpetua e é celebrada em todas as regiões do país. A vida cotidiana dos brasileiros é repleta de danças, festas, culinária, narrativas, ritmos, obras de arte, superstições e celebrações, tradições que são transmitidas de geração em geração, preservando a memória coletiva.
Nesta segunda-feira (22 de agosto), comemora-se o Dia do Folclore, e o Ministério do Turismo (MTur) destaca a relevância das tradições brasileiras. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), várias das mais significativas expressões do folclore nacional estão conectadas ao calendário religioso da Igreja Católica, incluindo o carnaval, as festas de Reis, as festividades do Divino — como as cavalhadas em Goiás e a coroação do Imperador do Divino em Paraty (RJ) —, as festas juninas, as congadas e o ticumbi nas celebrações de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e São Sebastião.
Além disso, o folclore brasileiro também é rico em cantos, danças e representações teatrais, que servem como meio de transmissão cultural. Para cuidar e preservar essas tradições, o Brasil conta com instituições dedicadas a proteger suas raízes. Vinculado ao Iphan, o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, o Museu do Folclore Edison Carneiro e a Biblioteca Amadeu Amaral são exemplos de locais que promovem e revitalizam essas tradições.
O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) é uma unidade do Iphan que desenvolve e executa programas e projetos voltados ao estudo, pesquisa e fomento das expressões culturais do Brasil. Situado no bairro do Catete, no Rio de Janeiro (RJ), o centro abriga um acervo de aproximadamente 17 mil objetos, além de 130 mil documentos bibliográficos e 70 mil materiais audiovisuais.
A instituição busca atender às demandas sociais no campo da cultura popular, disponibilizando um vasto conjunto de informações em seu site, incluindo bases de dados, catálogos de exposições, recortes de jornais, folhetos de cordel, xilogravuras, acervo sonoro, filmes, vídeos e fotografias.
Entre as principais iniciativas do CNFCP estão os projetos de promoção da cultura popular do Programa de Promoção do Artesanato de Tradição Cultural (Promoart) e a Sala do Artista Popular (SAP). Programas de incentivo à pesquisa, como o Concurso Sílvio Romero e o Etnodoc, além do Dedo de Prosa (fórum de debates) e o Projeto Memórias dos Estudos de Folclore, desempenham um papel crucial na preservação da memória nacional.
Na área de difusão cultural, o Centro promove exposições, um programa educativo, um Curso Livre de Folclore e Cultura Popular e iniciativas de intercâmbio. No que diz respeito à documentação, destaca-se o tratamento e a atualização dos acervos, com 14 mil objetos disponíveis no Museu de Folclore Edison Carneiro e 300 mil documentos na Biblioteca Amadeu Amaral. Parte desses acervos também pode ser acessada em coleções digitais.
A Revista Brasileira de Folclore também se destacou como um importante veículo para a divulgação do folclore nacional, circulando entre 1961 e 1976 e apresentando 41 fascículos com artigos, resenhas e informações sobre eventos relacionados à cultura popular.
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