Integração Energética do Cone Sul: O Potencial do Gás Argentino de Vaca Muerta
Em um contexto de crescente busca por alternativas sustentáveis e competitivas para o fornecimento de energia, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, propôs uma ampliação da integração energética entre os países do Cone Sul, destacando particularmente a importância do gás natural argentino. Durante o seminário "Desafios e Soluções para Integração Gasífera Regional", realizado na última quinta-feira (22/5), o ministro enfatizou a necessidade de estreitar laços com Argentina, Paraguai e outros países da região, orientando a discussão para a transição energética e a reindustrialização do Brasil.
Num cenário de demanda reprimida no Brasil, Silveira reconheceu a competência do gás da região de Vaca Muerta, na Argentina, como um recurso fundamental para suprir as necessidades energéticas do país. “Vemos com grande otimismo o potencial do gás de Vaca Muerta, cujos primeiros volumes já cruzaram a nossa fronteira”, afirmou Silveira, celebrando marcos significativos que revelam uma nova era de colaboração energética.
As metas estabelecidas pelo governo brasileiro incluem a importação de até 30 milhões de metros cúbicos diários de gás argentino até 2030. Para viabilizar essa meta, o Rio Grande do Sul se destaca como ponto estratégico, com projetos para concluir o gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, que facilitará este comércio bilateral.
O ministro também abordou questões operacionais, como a necessidade de liberalização dos preços de exportação pela Argentina e a redução de tarifas de transporte e distribuição no Brasil. “De nada adianta trazer gás barato da Argentina se ele se encarece ao entrar no país”, alertou, pedindo esforços conjuntos das esferas governamentais e do setor privado.
Importância da Petrobras
A Petrobras, segundo Silveira, desempenha um papel crucial na oferta de gás natural a preços acessíveis e precisa revisar suas tarifas e regras de acesso. O ministro enfatizou que a construção de um futuro energético sustentável deve estar alinhada com princípios de justiça social e dignidade para todos os cidadãos.
O seminário também contou com a presença de representantes de diversos países, como a secretária de Energia da Argentina, María Tettamanti, e o vice-ministro de Minas e Energia do Paraguai, Maurício Bejarano, demonstrando um comprometimento regional em avançar na missão de otimizar o mercado de gás.
Perguntas Frequentes
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Por que é importante a integração energética do Cone Sul?
- A integração energética visa aumentar a oferta de gás natural, reduzir custos e atender à demanda crescente, beneficiando setores essenciais como a indústria e o agronegócio.
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Qual é o papel do gás de Vaca Muerta?
- O gás de Vaca Muerta, na Argentina, é considerado um recurso estratégico e abundante que pode ajudar a suprir demandas energéticas significativas no Brasil.
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Quais são as metas de importação de gás argentino para o Brasil?
- O Brasil pretende importar até 30 milhões de metros cúbicos diários de gás argentino até 2030, conforme as projeções do governo.
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Como o governo planeja reduzir custos de transporte do gás?
- O governo está buscando a liberalização dos preços e a redução das tarifas de transporte e distribuição, garantindo que o gás importado chegue ao consumidor a preços competitivos.
- Qual é o papel da Petrobras na oferta de gás natural?
- A Petrobras é vital para garantir a oferta de gás a preços acessíveis e precisa revisar suas tarifas e regras de acesso para otimizar o escoamento do insumo.