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A arrecadação das receitas federais alcançou em julho o melhor desempenho em dez anos, com um crescimento de 4,6% em 2025

A arrecadação das receitas federais alcançou R$ 254,2 bilhões em julho de 2025, o melhor resultado registrado para o mês em uma década. Esse crescimento representa um aumento real de 4,57% em comparação a julho de 2024, evidenciando uma tendência de expansão contínua ao longo do ano. No total acumulado de janeiro a julho, a arrecadação alcançou R$ 1,67 trilhão, uma alta real de 4,41%, o maior índice para o período desde 2015.

As receitas sob a administração direta da Receita Federal do Brasil (RFB) somaram R$ 239 bilhões em julho de 2025, apresentando um crescimento real de 5,75% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, as receitas totalizaram R$ 1,60 trilhões, com uma alta de 5,15% na comparação com o mesmo intervalo de 2024.

Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, afirmou que os resultados positivos da arrecadação estão vinculados a uma combinação de fatores macroeconômicos. Ele destacou que, apesar da queda de 2,17% na produção industrial e de 2,96% nas vendas do comércio, houve um crescimento de 2,76% nos serviços e de 10,57% na massa salarial em termos nominais. Além disso, as importações registraram aumento de 3,28% em dólares.

Malaquias também mencionou que em julho foram identificados R$ 3 bilhões em arrecadação considerada atípica, especialmente do Imposto de Renda e Contribuição Social, relacionadas principalmente aos setores financeiro, de mineração e petróleo. Ele explicou que os valores referentes à tributação dos fundos exclusivos e o diferimento do pagamento de tributos devido à calamidade no Rio Grande do Sul foram excluídos da análise. Ao fazer essa exclusão, o crescimento real da arrecadação em julho, comparado ao ano anterior, fica em 4,87%.

No segmento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), houve um crescimento real de 8,38% em julho, o que representa R$ 4,6 bilhões a mais em relação ao mesmo mês de 2024. Esse desempenho foi apoiado pelo aumento de 15,6% nas estimativas mensais, refletindo a queda de 6% nos recolhimentos do setor financeiro e a expansão de 20,7% entre outras empresas.

No âmbito da Receita Previdenciária, foram arrecadados R$ 58,2 bilhões em julho, com um crescimento real de 3,41%. Este resultado é atribuído principalmente à evolução da massa salarial e uma menor desoneração em relação à folha de pagamento em comparação a 2024.

A arrecadação de PIS e Cofins totalizou R$ 49 bilhões em julho, com um aumento de 2,89%, impulsionado pelo consumo. O Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimentos de trabalho alcançou R$ 18 bilhões, crescimento de 6,68%, em linha com o avanço da massa salarial.

No acumulado de janeiro a julho, obstáculos e oportunidades para a arrecadação federal foram observados. A produção industrial avançou 1,19% em relação a 2024, as vendas de bens cresceram 0,55% e os serviços registraram expansão de 2,6%. A massa salarial apresentou alta de 11,9%, enquanto as exportações em dólar foram ampliadas em 7,37%.

Entre os principais tributos, destaca-se o PIS/Pasep e a Cofins, que somaram R$ 333 bilhões, com crescimento real de 4,64%. Esse resultado é atribuído ao aumento das vendas e do volume de serviços. A Receita Previdenciária acumulou R$ 405,7 bilhões, com alta real de 3,74%, influenciada pela evolução da massa salarial e mudanças nas compensações tributárias.

Conforme Marcelo Gomide, coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, a combinação de fatores macroeconômicos tem impactado o desempenho da arrecadação, refletindo no resultado dos tributos ao longo do ano.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.

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