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Farmacêuticos do SUS têm potencial para melhorar a adesão ao tratamento de pacientes com hepatites virais

As hepatites virais são responsáveis por aproximadamente 1,4 milhão de mortes anualmente em todo o mundo. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece prevenção, diagnóstico e tratamento para essas doenças. No entanto, as hepatites virais ainda representam um significativo desafio à saúde pública no país, devido principalmente à dificuldade de acesso aos serviços, ao estigma associado e ao longo tempo necessário para o tratamento. Nesse cenário, a atuação dos farmacêuticos nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) pode se mostrar decisiva.

Diante dessa questão, o Ministério da Saúde lançou o “Guia para Atuação Farmacêutica na Promoção da Adesão ao Tratamento das Pessoas com Hepatites Virais”. A publicação oferece orientações para aprimorar a atuação dos farmacêuticos no SUS, focando em aumentar o acesso, promover a adesão ao tratamento medicamentoso e melhorar os resultados clínicos dos pacientes.

O documento enfatiza a importância da atuação dos farmacêuticos, especialmente nas UDM, como agentes essenciais no acompanhamento de pacientes diagnosticados com hepatites virais, além de atuarem em todas as etapas da Linha de Cuidado. A elaboração do guia contou com a participação da Coordenação-Geral de Vigilância das Hepatites Virais e outras entidades do Ministério da Saúde.

De acordo com Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, as hepatites virais continuam sendo um grande desafio no Brasil e em nível global. A adesão ao tratamento é crucial para o sucesso terapêutico, e o farmacêutico desempenha um papel vital nesse processo, desde a dispensação até o monitoramento e acompanhamento dos pacientes.

O guia, que se comunica de forma clara e técnica, detalha a atuação do farmacêutico em cada fase da Linha de Cuidado, apresentando ferramentas práticas para a promoção da adesão ao tratamento. O documento também discute os principais obstáculos enfrentados nos territórios, como o estigma relacionado às hepatites e a necessidade de formação continuada para os profissionais.

A nova publicação está alinhada com os compromissos internacionais do Brasil, incluindo a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminar as hepatites virais como problema de saúde pública até 2030. Entre 2000 e 2023, o Brasil notificou mais de 785 mil casos de hepatites virais, com a hepatite B e C sendo responsáveis por 96% dos óbitos relacionados.

Mariângela Simão, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, destacou que o guia representa um avanço na assistência farmacêutica no SUS. “Valorizar o cuidado farmacêutico é fundamental para que cada paciente com hepatite viral tenha acesso não apenas ao medicamento, mas também ao acompanhamento necessário para uma adesão segura e eficaz ao tratamento. Essa é uma das chaves para alcançarmos as metas de eliminação da doença no Brasil”, afirmou a secretária.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.

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