As atletas da seleção de ginástica rítmica, carinhosamente chamadas de Leoas, brilharam durante o Mundial de Ginástica Rítmica, que ocorreu pela primeira vez no Brasil, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Com uma apresentação emocionante e cheia de talento, o grupo conquistou, neste domingo, 24 de agosto, a medalha de prata na final da série mista, que envolveu três bolas e dois arcos.
O quinteto, formado por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Mariana Gonçalves e Maria Paula Caminha, trouxe ao palco uma performance impecável ao som da famosa música “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó, e obteve 28.550 pontos, a maior pontuação alcançada por elas em competições internacionais. A Ucrânia ficou em primeiro lugar, com 28.650 pontos, apenas 0.1 ponto à frente, enquanto a China garantiu o terceiro lugar.
Essa foi a segunda medalha do Brasil na história do Mundial de Ginástica Rítmica, que inclui 41 edições. No dia anterior, 23 de agosto, o mesmo quinteto já havia emocionado o público com a conquista de seu primeiro pódio, no conjunto geral, que considerou as notas das provas com cinco fitas e duas bolas com três arcos. O Brasil terminou nessa prova em segundo, 0.3 ponto atrás do Japão, enquanto a Espanha ficou na terceira posição. Até aquele momento, o melhor resultado do Brasil em mundiais havia sido uma quarta colocação na última edição, na Espanha.
“Foi a melhor série das nossas vidas. Treinamos intensamente e conseguimos manter o foco. Queríamos terminar este Mundial em casa de forma memorável, honrando todos os brasileiros. Foi perfeito!”, afirmou Duda Arakaki, capitã da seleção.
A técnica da equipe, Camila Ferezin, não poupou elogios à performance: “Foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida, a mais espetacular. Elas estiveram perfeitas. Não há nada mais emocionante do que ver o Brasil em quadra com essa performance e essa torcida”.
Mais cedo, na tarde de domingo, o Brasil competiu na final das fitas, terminando em sexto lugar, com 22.850 pontos. Com um saldo de duas medalhas, a participação brasileira no Mundial do Rio ficará marcada na história da ginástica rítmica nacional, sendo celebrada tanto dentro quanto fora das quadras, com a torcida vibrando em “campeã” no pódio.
“O último mundial nos serviu de inspiração para acreditarmos que esse momento chegaria. Trabalhamos muito, todos os dias. São 30 anos dedicados à ginástica, 15 como atleta e 15 na seleção. É gratificante ver um sonho realizado após tantos anos de esforço. E ainda mais especial foi fazer isso em casa, diante de um público lotado”, comentou Camila, representando o sentimento de todos os apoiadores.
A capitã Duda também expressou sua satisfação pela conquista e reafirmou o compromisso de continuar buscando mais: “Superamos os desafios e agora a medalha chegou para concretizar esse esforço. Seguiremos trabalhando duro para alcançar a perfeição.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente entre os torcedores, elogiou o feito nas redes sociais: “Nossa seleção fez história e conquistou mais uma medalha no conjunto misto. O Brasil brilhou ao sediar e vencer no Mundial de Ginástica Rítmica de 2025. O apoio ao esporte é crucial, pois transforma vidas e inspira a nação”, escreveu. O ministro do Esporte, André Fufuca, também parabenizou as atletas e a comissão técnica.
O ministério investiu R$ 2 milhões na realização do Mundial, que se destacou como o maior da história da ginástica rítmica, com mais de 650 participantes de 78 países. Os recursos foram divididos entre a campanha para tornar o Brasil sede, a infraestrutura para treinos das seleções e a aquisição de equipamentos oficiais.
Esses investimentos foram essenciais para que o Rio de Janeiro sediar o evento e contasse com uma torcida entusiasmada. Desde 2012, os aportes na ginástica totalizam R$ 17,2 milhões, aplicados na compra de equipamentos e no suporte a competições.
A ginástica rítmica no Brasil atravessa um crescimento significativo, impulsionado por conquistas marcantes em eventos internacionais. O Ministério do Esporte destinou R$ 570 mil para estruturar treinamentos e modernizou centros de treinamento, continuando a investir até os Jogos Olímpicos de Paris 2024 e Los Angeles 2028.
Bárbara Domingos, destaque no individual, alcançou a nona posição, a melhor classificação do Brasil em mundiais, seguida por Geovanna Santos, que terminou em 18º lugar. O pódio foi conquistado pela campeã olímpica Darja Varfolomeev (Alemanha), seguido por Nikolova (Bulgária) e Raffaeli (Itália).
Com seu desempenho, Bárbara celebrou um legado na ginástica rítmica brasileira e a técnica Mayara Cerqueira reforçou o sentimento de dever cumprido pela representação do país. Além disso, as ginastas são beneficiárias do programa Bolsa Atleta, evidenciaando o suporte financeiro necessário para a formação de talentos.
O governo também tem investido na gestão da Arena Carioca 1, sede do evento, adicionando melhorias na estrutura em homenagem ao legado dos Jogos Rio 2016.
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