O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reiterou a importância do emprego formal e criticou as ameaças à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), durante a abertura da 27ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada na manhã desta sexta-feira (22) no Anhembi, em São Paulo. O ministro expressou preocupação em relação à pejotização e à terceirização, práticas atualmente em destaque no mercado de trabalho.
“Precisamos nos preparar para um debate crucial sobre a pejotização, que considero mais prejudicial que a terceirização, pois pode comprometer a Previdência Social e o FGTS, fundamentais para financiar políticas públicas, como o Minha Casa, Minha Vida, e projetos de desenvolvimento pelo BNDES”, alertou Marinho.
Ele enfatizou a defesa da soberania nacional, afirmando: “Devemos acreditar no Brasil, em nossa democracia e fortalecê-la. É através do debate político que podemos transformar nossos municípios, estados e o país. A política é o caminho pelo qual o presidente Lula nos conduz, resultando em uma crescente geração de empregos.”
Marinho anunciou que os dados sobre o emprego formal de julho, previstos para serem divulgados na próxima semana, serão novamente positivos. Ele destacou a queda do índice de desemprego, que atingiu 5,8%, o menor da série histórica. “Até junho, foram gerados mais de 1,2 milhão de postos de trabalho, com saldo positivo em todos os grandes grupos econômicos. Essa tendência de crescimento continuará”, ressaltou.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro, também abordou a defesa dos direitos sociais dos trabalhadores em seu discurso. “Estamos aqui para lutar pelos bancos públicos e por um sistema financeiro que ofereça crédito para o desenvolvimento e para os trabalhadores, e não apenas para o rentismo”, destacou.
Neiva elogiou o ministro por suas iniciativas em favor dos trabalhadores, incluindo o Crédito ao Trabalhador, que reduz taxas de juros em empréstimos, e a crítica à pejotização, que tem impactos negativos sobre a classe trabalhadora. Ela enfatizou a importância da Lei da Igualdade Salarial, que visa equiparar os salários de homens e mulheres.
“Parabenizo o ministro e apoiamos essas políticas. O caminho do trabalho é desafiador. Sofremos ataques aos nossos direitos e a reforma trabalhista, prometendo muitos empregos, resultou em precarização e pejotização. Portanto, estamos lutando contra a terceirização e o fechamento de agências, e precisamos combater as ameaças à CLT”, afirmou.
A conferência, que se estenderá até o dia 24 de agosto, tem como tema “O futuro que queremos: justo, soberano, solidário, inclusivo e democrático” e abordará tópicos como os impactos da inteligência artificial no mercado de trabalho, o fechamento de agências e a regulação do setor financeiro.
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