O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos divulgou, na última sexta-feira (22/8), o Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais 2025, com dados referentes ao ano-base de 2024. Produzido pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), o documento analisa o desempenho das 44 estatais sob controle direto da União e apresenta os resultados principais do exercício fiscal de 2024.
Entre os principais resultados, destacam-se um faturamento recorde de R$ 1,3 trilhão e ativos avaliados em R$ 6,7 trilhões, um crescimento anual de 4,9% e 10,9%, respectivamente. As estatais reportaram um lucro líquido de R$ 116,6 bilhões, uma queda de 41% em relação ao ano anterior, influenciada pela redução dos lucros da Petrobras. No entanto, ao excluir a empresa petrolífera, o lucro totalizou R$ 79,6 bilhões, representando uma alta de 9,4%, evidenciando a solidez financeira e operacional das demais estatais.
Em 2024, as estatais reafirmaram sua relevância na economia brasileira, gerando mais de 440 mil empregos diretos e representando 5,4% do PIB. Os investimentos realizadas pelas estatais somaram R$ 96 bilhões, um aumento de 44,1% em relação ao ano anterior e de 87,2% comparado a 2022. As empresas distribuíram R$ 152 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, dos quais R$ 72,1 bilhões foram destinados ao governo federal, colaborando com o financiamento de políticas públicas.
A secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Elisa Leonel, destacou que a entrega do relatório é parte de um esforço para institucionalizar mecanismos de avaliação e promover boas práticas entre as estatais, respeitando suas especificidades. Durante o evento, ela ressaltou a importância das estatais na geração de riqueza e na implementação de políticas públicas, visando aprimorar continuamente a forma de monitoramento de resultados.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, reforçou que as empresas estatais desempenham um papel estratégico no desenvolvimento socioeconômico, promovendo igualdade e universalização de bens e serviços, além de fortalecer a soberania nacional. As estatais são fundamentais no crédito habitacional e agrícola, no apoio a pequenas e médias empresas e na disseminação de novas tecnologias.
O relatório destaca não apenas os resultados financeiros, mas também a atuação social e ambiental das estatais, suas iniciativas em ações do Novo PAC, com investimentos de R$ 106 bilhões, e ampliação do crédito para reindustrialização verde e inclusiva. Diversas empresas, como Petrobras e bancos públicos, alcançaram marcas históricas em 2024, ampliando o crédito para setores fundamentais como a agricultura e a habitação.
O documento também apresentou resultados significativos, como o maior lucro da história do Serpro, lucros elevados da Embrapa e da Codeba, e a expansão do crédito agrícola pelo Banco do Brasil. Além disso, as estatais mantiveram importante atuação em áreas críticas, como saúde e logística durante eventos climáticos adversos.
O relatório esclarece que déficits primários em estatais podem não ser necessariamente negativos, destacando que, entre 20 estatais não dependentes, apenas duas enfrentaram prejuízos, enquanto outras tiveram combinações de déficit e lucro. Sob a perspectiva do Estado como investidor, para cada R$ 1 destinado às estatais, R$ 2,51 retornaram ao orçamento federal em forma de dividendos e juros.
Alinhado às melhores práticas internacionais, o relatório assegura a transparência e a prestação de contas, com a Sest disponibilizando um painel interativo sobre as estatais. O conteúdo do relatório pode ser acessado através do site da Sest, promovendo o controle social e a produção acadêmica.
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