O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Grupo Banco Mundial (WBG) firmaram, em 21 de agosto, um memorando de entendimento que integra o Brasil ao Global Fellowship Program, uma iniciativa do Banco Mundial voltada para promover intercâmbios entre servidores públicos de países-membros. O programa visa o compartilhamento de conhecimentos técnicos e boas práticas de desenvolvimento. Essa colaboração reafirma o Brasil como um centro de referência em políticas públicas inclusivas e sustentáveis, ao mesmo tempo em que amplia a capacitação dos servidores por meio de experiências internacionais.
A ministra substituta do MGI, Cristina Mori, destacou que o intercâmbio propicia uma via de aprendizado mútuo e inovação. Ela ressaltou a experiência dos servidores brasileiros na criação e implementação de políticas reconhecidas mundialmente, como o Programa Bolsa Família e iniciativas voltadas para o combate ao desmatamento e o governo digital. Mori frisou que a parceria permite que os servidores brasileiros compartilhem suas experiências com outros países do Sul global.
Os conhecimentos adquiridos durante o intercâmbio serão aplicados no aprimoramento da administração pública no Brasil. A ministra mencionou que o país já conta com políticas públicas que têm contribuído significativamente para a melhoria da qualidade de vida, como a Farmácia Popular e o SUS.
Anna Bjerde, CEO de estratégia e operações do Banco Mundial, enfatizou que o contexto brasileiro é favorável a esse tipo de acordo, dada a ênfase que o país dá às boas práticas de governança, especialmente em ambientes digitais. Segundo ela, a evolução dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BMDs) tem promovido uma cooperação mais eficaz entre países.
Maria Aparecida Chagas Ferreira, diretora de Provimento e Movimentação de Pessoal do MGI, destacou que o acordo é estratégico para modernizar a administração pública, prevendo impactos positivos no fortalecimento das competências dos servidores.
O programa de intercâmbio será implementado mediante acordos específicos para cada seleção, em colaboração com as organizações públicas do governo federal interessadas. A duração do intercâmbio será de um ano, sob supervisão do Grupo Banco Mundial no país de destino, mantendo-se a conexão funcional com o órgão de origem, ao qual os participantes deverão retornar.
Os candidatos ao programa deverão atender a critérios como proficiência em inglês, experiência técnica comprovada, vivência em ambientes multiculturais e pensamento estratégico. As áreas técnicas prioritárias ainda serão definidas, buscando alinhar os interesses do Brasil e do Banco Mundial.
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