A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou uma cerimônia em Brasília na última quarta-feira (20.08), com a participação de representantes de diversas entidades ligadas à produção e consumo de alimentos, além de órgãos governamentais. O destaque do evento foi o anúncio da parceria entre a Conab e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), voltada para a realização da Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
O presidente da Conab, Edegar Pretto, ressaltou que essa colaboração permitirá expandir a pesquisa e evidenciar o custo da alimentação em todas as 27 Unidades da Federação. O novo levantamento abrange dez estados que não estavam incluídos na pesquisa, realizada há quase 70 anos.
Adriana Marcolino, diretora técnica do Dieese, afirmou que a pesquisa possibilita o acompanhamento das variações de preços da cesta básica e a análise do quanto o trabalhador necessita investir em horas de trabalho para adquiri-la.
Para Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, a iniciativa é um passo importante para consolidar as diversas dimensões do sistema alimentar no país. Ela destacou que a ação demonstra o compromisso do Governo Federal, especialmente da Conab, em promover a alimentação saudável.
A colaboração também prevê o monitoramento de preços da nova Cesta Básica de Alimentos estabelecida pelo Decreto nº 11.936/2024. O MDS estabelece como desafio acompanhar de 30 a 35 itens, abrangendo todos os grupos alimentares e considerando as diferentes realidades regionais.
Com a ampliação da pesquisa para todas as capitais, espera-se que haja uma inclusão de alimentos regionais e hábitos alimentares locais, fortalecendo as políticas públicas e o respeito ao Direito Humano à Alimentação Adequada.
O monitoramento incluirá também os preços dos produtos ultraprocessados, em conformidade com o Guia Alimentar para a População Brasileira. Lilian Rahal afirmou que essa medida reforça o objetivo do governo de promover a alimentação saudável para todos os brasileiros.
Considerando os aspectos de acessibilidade física e financeira no acesso a alimentos, a pesquisa complementa os avanços esperados com a isenção de impostos sobre itens da cesta básica, aprovada na Reforma Tributária e que seus efeitos serão percebidos a partir de 2027.
A base da pesquisa fundamenta-se no Guia Alimentar da População Brasileira, que define o que é considerado “alimentação saudável” e classifica os diferentes tipos de alimentos. Rahal destacou que, após a saída do Brasil do Mapa da Fome, o país deve continuar a avançar na promoção da alimentação saudável e na realização do Direito Humano à Alimentação Adequada, com políticas públicas que garantam acesso à alimentação adequada para todos.
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