O ministro Paulo Teixeira detalhou como políticas públicas já estabelecidas podem ser adaptadas para facilitar a aquisição de produtos perecíveis, evitando prejuízos a produtores brasileiros afetados pela taxação de 50% imposta pelo governo de Donald Trump.
Na semana passada, durante a apresentação do Plano Brasil Soberano, o presidente Lula anunciou medidas destinadas a amenizar os impactos das tarifas sobre a exportação brasileira, especialmente preocupantes para setores que lidam com produtos perecíveis, como frutas e carnes.
Em uma entrevista ao programa A Voz do Brasil, Teixeira destacou que o governo planeja destinar esses produtos para merendas escolares, forças armadas e programas de assistência social, utilizando estruturas de compra pública que já estão em funcionamento.
Os pequenos produtores, que cultivam frutas, peixes, castanhas e carne, são os mais vulneráveis a esse cenário. O ministro ressaltou que a imposição de tarifas elevadas a produtos que não podem ser substituídos pelo mercado americano gerará inflação nos Estados Unidos.
Para garantir o consumo interno de alimentos perecíveis, o governo incentivará estados e municípios a incluir esses itens nos programas de alimentação escolar e em outras iniciativas de aquisição. Assim, produtos como açaí, mangas, uvas e tilápias poderão ser integrados a cardápios de instituições públicas.
Teixeira observou que a regulamentação já está em andamento e que alguns setores conseguiram redirecionar produtos para outros mercados, como a Europa. No entanto, destacou que alimentos extremamente perecíveis, como mel e algumas frutas, precisarão ser rapidamente absorvidos pelos programas de compras públicas.
A inclusão desses itens nos editais de compra é uma estratégia para evitar desperdícios e valorizar a produção local. O ministro enfatizou a importância de proteger a cadeia produtiva, desde os agricultores até os consumidores finais, ressaltando as implicações econômicas do tarifaço para o setor alimentício nos Estados Unidos.
Por fim, Teixeira indicou que o governo busca não apenas agir no mercado interno, mas também trabalhar em conjunto com a diplomacia americana para incluir produtos brasileiros em listas de exceção, reduzindo a carga tributária enquanto as tarifas se mantiverem. A meta é preservar a qualidade da alimentação da população e garantir que os agricultores não enfrentem perdas significativas.
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