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Ministro Luiz Marinho aponta para a desvalorização do trabalho e os perigos da pejotização

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou nesta quarta-feira (20) da abertura do 2º Encontro Nacional da Rede de Observatórios do Trabalho, que ocorre no auditório do MTE em Brasília. O evento, que reúne representantes de 35 observatórios locais de trabalho, se estenderá até sexta-feira (22), promovendo debates sobre emprego, renda e políticas públicas.

Durante sua fala, Marinho expressou sua preocupação com a atual situação do mercado de trabalho brasileiro, enfatizando uma tentativa de “desmonte do trabalho”. Ele apontou que os baixos salários de admissão refletem a desvalorização da mão de obra. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho revelam que o salário médio de admissão foi de R$ 2.278,37, marcando um aumento de R$ 24,48 (+1,09%) em relação a maio e um crescimento de R$ 28,76 (+1,28%) comparado a junho de 2024.

Marinho também mencionou que a desaceleração salarial se mantém nos últimos anos, com os aumentos em grande parte decorrentes da elevação do salário mínimo, que serve de base para boa parte dos trabalhadores. O ministro ainda alertou para práticas como a pejotização e a terceirização, considerando-as problemáticas. “O discurso do liberalismo total nas relações de trabalho é perigoso”, declarou, ressaltando que a retirada de direitos trabalhistas e a diminuição das contribuições previdenciárias prejudicam o desenvolvimento socioeconômico do país.

O ministro reforçou a importância dos observatórios do trabalho como ferramentas para o planejamento e a formulação de políticas públicas de emprego e renda. Ele ainda destacou os desafios trazidos pela Inteligência Artificial (IA), expressando o desejo de que o acesso ao conhecimento beneficia a todos.

Organizado pelo MTE em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o encontro também promoveu oficinas sobre qualificação profissional regional. “Este segundo encontro é focado em discutir as demandas regionais, que variam entre as diferentes regiões do país”, explicou a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner.

Os observatórios têm a responsabilidade de elaborar estudos e análises sobre o mercado de trabalho, apoiando instituições como o Sistema Nacional de Emprego (Sine) e comissões estaduais e municipais. Entre 2023 e 2024, receberam R$ 4 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para fortalecer suas estruturas, uma política considerada permanente pelo MTE.

Além disso, foi lançada a 3ª edição da Revista Observatório do Trabalho Brasileiro, que traz artigos de pesquisadores sobre diversas questões do mundo do trabalho. O encontro prosseguirá nos dias 21 e 22, abordando temas como pejotização, os desafios da digitalização e da Inteligência Artificial para a qualificação profissional, e a transição ambientalmente justa. O evento pode ser acompanhado ao vivo pelo canal do YouTube do MTE.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.

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