Os Estados de Alagoas (26%) e Goiás (23%) registraram os maiores aumentos percentuais nas despesas correntes no terceiro bimestre de 2025, comparado ao mesmo período de 2024. Em contraste, o Amapá (-3%) foi o único Estado a reportar uma redução nesse indicador. As informações constam no Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco dos Estados e do Distrito Federal, divulgado na quarta-feira (20/08) pelo Tesouro Nacional.
Ao considerar a receita corrente realizada, Roraima (19%) e Sergipe (18%) apresentaram os maiores crescimentos entre os bimestres analisados, enquanto Amapá (-11%) e Maranhão (-1%) mostraram queda.
A análise abrange as receitas correntes realizadas e as despesas correntes liquidadas referentes ao terceiro bimestre (maio e junho) de 2025 em comparação ao mesmo intervalo de 2024.
No que diz respeito à composição das despensas, os gastos com pessoal foram a maior parte das despesas liquidadas em todos os Estados até o terceiro bimestre de 2025, com destaque para o Rio Grande do Norte (72%), Rio Grande do Sul (63%) e Mato Grosso do Sul (59%). Os menores percentuais foram observados no Espírito Santo (41%), Amapá (42%), Maranhão (42%) e Piauí (42%).
As despesas de investimento também são relevantes, com os maiores percentuais sendo registrados no Piauí (16%), Espírito Santo (12%) e Pará (11%). Em contrapartida, os menores níveis de aplicação da receita total em investimentos foram vistos em Rondônia (1%), Rio de Janeiro (2%), Rio Grande do Norte (2%), Roraima (2%), Rio Grande do Sul (2%) e Tocantins (2%).
O relatório também apresenta dados sobre despesas por função, mostrando como os Estados alocam recursos em áreas como educação, saúde, segurança pública e previdência social. Na função Educação, os maiores percentuais de gastos em relação ao total foram observados no Acre (24%), Amapá (24%) e Paraná (24%), enquanto os menores foram registrados no Rio de Janeiro (10%), Alagoas (11%) e Espírito Santo (11%).
Em Saúde, o Tocantins (24%), Pernambuco (23%) e Roraima (21%) apresentaram os maiores valores percentuais, enquanto Mato Grosso do Sul (9%), Rio Grande do Norte (10%) e São Paulo (11%) mostraram os menores gastos nessa função.
Na área de Segurança Pública, Minas Gerais (21%), Alagoas (16%) e Rio de Janeiro (16%) destacaram-se com maiores alocações, enquanto o Distrito Federal (4%) e São Paulo (5%) tiveram os menores percentuais de despesa.
Nas despesas relacionadas à Previdência Social, o Rio Grande do Norte (38%), Rio de Janeiro (27%) e Rio Grande do Sul (25%) foram os Estados que mais investiram, enquanto o Amapá (0%), Roraima (4%) e São Paulo (9%) registraram os menores valores.
Quanto aos Restos a Pagar (RAP), os Estados que mais pagaram em relação ao total inscrito até dezembro de 2024 foram Mato Grosso do Sul (81%), Pará (78%) e Distrito Federal (77%). Por sua vez, Amapá (17%), Rio Grande do Sul (39%) e Acre (40%) apresentaram os menores índices, indicando dificuldades em honrar despesas anteriores.
O relatório também aborda a variação da Dívida Consolidada (DC) até o terceiro bimestre de 2025 em relação a dezembro de 2024. Os maiores crescimentos foram registrados no Pará (13%), Piauí (11%) e Amazonas (5%), enquanto Amapá (-12%), Rio Grande do Norte (-11%) e Acre (-9%) foram os que mais reduziram a DC no mesmo período.
O RREO em Foco – Estados e DF é uma publicação bimestral que apresenta dados essenciais da execução orçamentária das 27 unidades da Federação, abrangendo informações de todos os poderes, incluindo Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública. O relatório é elaborado com base nos documentos publicados pelos próprios entes no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), sob gestão do Tesouro Nacional.
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