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Marinha divulga projetos estratégicos durante o Rio Innovation Week

O Setor de Ciência e Tecnologia da Marinha participou do Rio Innovation Week 2025 (RIW25), que ocorreu entre os dias 12 e 15 de agosto, no Píer Mauá, no centro do Rio de Janeiro (RJ).

Considerado uma das maiores conferências globais sobre tecnologia e inovação, o evento contou com a presença de duas mil startups e quatrocentos expositores, atraindo cerca de 180 mil visitantes em sua quinta edição.

No primeiro dia, o Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, ressaltou no painel “Energia nuclear como opção para a transição energética no mar” a capacidade da energia nuclear como fonte limpa e estratégica para o futuro do Brasil.


O Almirante Rabello destacou a integração entre militares e civis no Programa Nuclear da Marinha.

Rabello informou que a estrutura do Programa Nuclear é composta por 20% de militares e 80% de civis, enfatizando que essa colaboração é crucial para os avanços realizados e que, no futuro, a Marinha deve intensificar seu desenvolvimento tecnológico.

O painel contou ainda com as apresentações do Gerente-Geral da Petrobras, Fábio Menezes Passarelli, e do Secretário Naval de Segurança Nuclear e Qualidade, Almirante de Esquadra (Reserva) Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, que discutiram a energia nuclear como alternativa estratégica para descarbonizar operações marítimas.


Os participantes discutiram o futuro da energia nuclear no Brasil.

No dia 13, o painel “Defesa, Inovação e Sustentabilidade: As Forças Armadas como Laboratório de Tecnologias Globais” teve como painelista o Vice-Almirante (Reserva) Alfredo Martins Muradas. Participaram também o General de Divisão Armando Ferreira e o Brigadeiro Eduardo Alexandre Bacelar.


Vice-Almirante (Reserva) Muradas falou sobre Defesa, Inovação e Sustentabilidade.

No mesmo dia, o Capitão de Mar e Guerra Maurício Pires Malburg da Silveira discutiu o Ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha.

Outra palestra, ocorrida no dia 14, abordou “Perspectivas de Inteligência Artificial na Marinha do Brasil”, apresentada pelo Capitão de Mar e Guerra (Engenheiro) Vilc Queupe Rufino, que focou na integração de sistemas autônomos e na segurança cibernética nas operações navais.

O Contra-Almirante (Engenheiro) Marcos Fricks Cavalcante destacou que a participação do Centro Tecnológico da Marinha no evento reafirma o compromisso com o desenvolvimento tecnológico.

“O Centro de Inovação Estratégico da Marinha, que está em fase final de construção na Ilha do Governador, será um espaço para colaboração com startups e empresas tecnológicas. Essa iniciativa demonstra nosso empenho em avançar nas fronteiras da ciência e tecnologia no Brasil”, afirmou.


Contra-Almirante Fricks durante palestra sobre Ciência, Tecnologia e Inovação.

O Vice-Almirante (Reserva) Amaury Calheiros Boite Junior, no dia 14, discutiu “Inovação na Gestão de Programas Complexos: Estudo de Caso da Fragata Classe ‘Tamandaré’.”

A Marinha atraiu o público a bordo do Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico” (A140), que foi transformado em plataforma para divulgação científica e tecnológica. Os visitantes puderam conhecer estandes, palestras e exposições.

O Contra-Almirante (Engenheiro) Yuri Barwick Lannes de Camargo destacou em sua apresentação o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e a importância do Submarino Nuclear Convencionalmente Armado (SNCA) brasileiro.

“O PROSUB representa um marco na engenharia e na inovação, elevando a Defesa Nacional. Compartilhamos os avanços desse programa, que aumentam substancialmente as capacidades do Poder Naval e a capacidade dissuasória do Brasil entre os países com tecnologias complexas em submarinos nucleares”, ressaltou o Contra-Almirante.


Contra-Almirante Yuri apresentou o Projeto do primeiro Submarino Nuclear brasileiro.

No último dia do evento, o Diretor do Instituto de Pesquisas da Marinha, Capitão de Mar e Guerra (Engenheiro) Carlos Eduardo de Freitas Savioli, apresentou a palestra “Defendendo o Brasil no mar com Inovação”, destacando as tecnologias desenvolvidas no instituto.

“Nosso Instituto desenvolve tecnologias que fortalecem a defesa e a soberania nacional. No Rio Innovation Week, vamos mostrar como a pesquisa e inovação ajudam a proteger o Brasil no mar”, afirmou Savioli.

O Almirante de Esquadra Sílvio Luís dos Santos, também no dia 15, discutiu a importância da descarbonização do transporte marítimo.

No estande interativo do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), os visitantes puderam conhecer o Projeto Superalimento, que utiliza tecnologia de algas e células para suplementação alimentar. O Capitão de Mar e Guerra Sandro Baptista Monteiro explicou que a biotecnologia marinha é uma fronteira do conhecimento.

“Duas palestras serão realizadas, uma focando no uso sustentável dos recursos da Amazônia Azul e a outra sobre a diversidade nutricional dos superalimentos criados a partir de algas marinhas, que podem atender necessidades humanas futuras e operacionais”, informou.


Comandante Monteiro esclarecendo dúvidas no estande do IEAPM.

Jerônimo Vargas, cofundador e Diretor-Geral do RIW, destacou a importância das trocas de ideias promovidas pelo evento, que vão além da inovação. “Uma de nossas missões é garantir que a tecnologia não nos faça perder o sentido de humanidade”, comentou.

No convoo do NAM “Atlântico”, foi exposto o Veículo de Superfície Não Tripulado para Contramedidas de Minagem (VSNT-CMM), controlável nos modos remoto, semiautônomo e autônomo.


Veículo de Superfície Não Tripulado exposto no evento.

Coordenado pelo Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), o equipamento destina-se à detecção e neutralização de minas marítimas.



Estudantes no Ponto de Operação Remota do VSNT no convoo do Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico.


Durante os quatro dias do evento, a Marinha apresentou tecnologias inovadoras, incluindo um Tour Virtual da Ilha Rasa, que permitiu aos visitantes explorar um ponto tradicional de sinalização náutica pela realidade virtual.

Outro destaque foi o Simulador de Navegação de Paraquedas (SNP), que proporcionou uma experiência de salto em realidade virtual com equipamentos de última geração e modelos matemáticos que simulam a queda.

A estudante Ana Luiza Rodrigues, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destacou: “Fiquei impressionada com a tecnologia de cada demonstração. Os simuladores mostram como a Marinha está alinhada com as tendências mais avançadas e nos permitem participar ativamente. Foi inspirador.”


Visitante no Simulador de Navegação de Paraquedas.


A presença da Marinha no RIW 2025 demonstrou a sinergia entre ciência, tecnologia e inovação, reafirmando seu compromisso em ser moderna e integrada aos avanços tecnológicos, preparando-se para defender os interesses nacionais em consonância com a sociedade.

Assista ao vídeo:

 

Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.

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