O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou nesta quinta-feira (7/8) que o Plano de Contingência do governo federal focará no apoio a empresas brasileiras que exportam para os Estados Unidos e foram afetadas pela tarifa adicional de 50%. Durante uma coletiva à imprensa no MDIC, Alckmin destacou que o plano priorizará as empresas com maior dependência do mercado norte-americano.
“O Plano de Contingência visa atender aquelas empresas que foram mais afetadas e têm uma exportação significativa para os Estados Unidos”, afirmou o vice-presidente. Ele ressaltou que alguns setores têm uma proporção elevada de sua produção voltada para exportação, e muitos destes, em particular, dependem do mercado americano.
Alckmin exemplificou a situação com o setor de pescados, mencionando que, enquanto a tilápia é mais consumida internamente, o atum tem a maior parte de sua venda voltada para as exportações. “Dentro de um mesmo setor, há variações significativas entre aqueles que exportam mais e menos”, comentou.
O vice-presidente sublinhou que o governo trabalha para reduzir a alíquota imposta pelos EUA e buscar a exclusão de produtos da tarifa. “O diálogo é fundamental. É preciso perseverar e mostrar que essa situação é prejudicial para ambos os lados, encarecendo produtos americanos e rompendo cadeias produtivas”, disse. Ele enfatizou que, além das negociações, o plano de contingência é necessário para garantir a continuidade das atividades empresariais e a manutenção de empregos.
Alckmin também compartilhou detalhes de uma conversa que teve mais cedo com Gabriel Escobar, encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. “Expusemos claramente nossos argumentos, ressaltando que de cada dez principais produtos que os EUA exportam para o Brasil, oito têm alíquota zero, e a tarifa média é de 2,7%”, disse. O vice-presidente sugeriu que questões como data centers, big techs e minerais estratégicos poderiam ser pautas para futuras discussões. “Não criamos o problema, mas vamos buscar soluções”, concluiu.
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