O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, nesta quarta-feira (13), no Palácio do Planalto, o Plano Brasil Soberano, uma série de iniciativas destinadas a proteger exportadores e trabalhadores brasileiros das sobretaxas aplicadas pelos Estados Unidos. Mais do que um pacote econômico, a Medida Provisória (MP) foi caracterizada como um ato de defesa da soberania nacional e do compromisso do Brasil com os direitos humanos.
A cerimônia contou com a presença de ministros, parlamentares, empresários, representantes sindicais e autoridades, incluindo a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo. Durante seu discurso, Lula refutou acusações sobre violações a normas internacionais de direitos humanos, reafirmando a postura pacífica e cooperativa do Brasil. “Os nossos amigos americanos, toda vez que resolvem brigar, tentam criar uma imagem demoníaca dos seus adversários. Para falar em direitos humanos no Brasil, é preciso olhar para o país que está acusando”, declarou.
Lula enfatizou que o Brasil não tem razões para ser taxado e que não aceitará acusação de desrespeito aos direitos humanos. “Queremos negociar com os Estados Unidos e o resto do mundo, mas, se necessário, estaremos prontos para defender nossos interesses”, acrescentou.
O Plano Brasil Soberano está estruturado em três eixos: fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial. Entre as principais ações, destacam-se: R$ 30 bilhões em crédito para setores impactados, ampliação de financiamento às exportações, prorrogação da suspensão de tributos para empresas exportadoras, aumento na restituição de tributos via Reintegra e incentivo a compras governamentais de alimentos.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou que as medidas foram elaboradas em diálogo com diversos setores econômicos. “Estamos focados em abrir novos mercados e fortalecer acordos em negociação, preservando a geração de renda e oportunidades”, afirmou.
Por sua vez, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerou a situação inusitada no contexto internacional. “Vamos enfrentar mais essa dificuldade imposta externamente, com o apoio de alguns setores radicais na sociedade brasileira”, comentou.
Em uma agenda em Florianópolis (SC), a ministra Macaé Evaristo destacou a relevância da soberania nacional para a defesa da democracia. “Unidade é fundamental, pois aqueles que desejam nos dividir estão sempre articulados. Defender a soberania nacional é valorizar a vida de cada brasileiro e brasileira. Reconhecemos a humanidade do outro e, por isso, valorizamos a nossa”, afirmou.
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