A terceira oficina de construção participativa do Grupo de Trabalho encarregado da revisão do modelo de governança da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade, conhecida como RedeTrilhas, foi concluída nesta quarta-feira (06), trazendo avanços para aprimorar a política pública.
O objetivo é modernizar e tornar a gestão da RedeTrilhas mais eficiente e participativa, engajando não apenas o governo, mas também a sociedade civil e especialistas na área. Essa iniciativa busca ampliar o acesso às trilhas de longo curso no Brasil, promovendo o ecoturismo, a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável em diversas regiões.
Durante o encontro, as discussões ocorreram em dinâmicas simultâneas e rotativas, onde os grupos de trabalho aprofundaram temas como a estrutura e atribuições da rede, a revisão do glossário, as categorias de trilhas e os processos de adesão e reconhecimento.
“Nosso objetivo é construir um modelo de gestão mais participativo, que valorize a diversidade de vozes e promova a tomada de decisões de forma colaborativa, fortalecendo essa importante política pública”, afirmou Fabiana Oliveira, coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do Ministério do Turismo (MTur).
O encontro focou em debater princípios, diretrizes e objetivos da política pública, com ênfase na estrutura de governança e no padrão de sinalização, temas centrais do Grupo de Trabalho.
“Além de gerar emprego e renda, nosso objetivo é conectar o Brasil inteiro com trilhas acessíveis, esteticamente agradáveis e que contribuam para a conservação ambiental”, disse Pedro Cunha e Menezes, diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Júlio Meyer, presidente da Rede Brasileira de Trilhas, ressaltou a importância da colaboração entre todos os atores para fortalecer e desenvolver as trilhas como ferramenta de desenvolvimento territorial.
“Essa política surgiu da própria sociedade, foi reconhecida pela administração pública e agora dá um passo significativo com a consolidação dentro de uma estrutura de governança. A criação de um conselho e de um sistema de trilhas assegurará a participação integrada da sociedade civil, das comunidades tradicionais e dos governos em diferentes níveis, promovendo uma gestão colaborativa e inclusiva”, explicou.
A RedeTrilhas, instituída em 2018, é uma iniciativa que visa conectar pontos turísticos e áreas de interesse cultural e ambiental por meio de trilhas de longo curso em todo o país. Os roteiros exploram paisagens naturais, parques, comunidades e atrações históricas, promovendo o turismo responsável, a geração de emprego e a valorização do patrimônio brasileiro.
No evento, estiveram presentes representantes do MTur, MMA, Embratur, ICMBio, Sebrae, FORNATUR, Associação RedeTrilhas, ABETA, ANSEDITUR, Fórum de Unidades de Conservação, Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada, Aliança Bike, Anda Brasil e academia.
O principal objetivo do Grupo de Trabalho é contribuir tecnicamente para a atualização da governança da RedeTrilhas, com base em princípios de participação social, representatividade federativa e fortalecimento institucional. A iniciativa analisa criticamente o modelo atual estabelecido pelas Portarias Conjuntas MMA/MTur/ICMBio nº 407/2018 e nº 500/2020, incorporando as melhores práticas do setor a nível nacional e internacional.
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