O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) fechou o mês de junho em R$ 7,883 trilhões, registrando um aumento de R$ 212,71 bilhões em relação a maio, quando o montante era de R$ 7,760 trilhões, representando uma variação nominal de 2,77%. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) cresceu 2,99%, indo de R$ 7,361 trilhões para R$ 7,581 trilhões, impulsionada pela emissão líquida de R$ 154,62 bilhões e pela apropriação de juros, que somou R$ 65,13 bilhões. Por outro lado, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve uma redução de 2,28%, encerrando em R$ 302,12 bilhões (US$ 55,36 bilhões), dos quais R$ 250,84 bilhões (US$ 45,97 bilhões) se referem à dívida mobiliária e R$ 51,28 bilhões (US$ 9,40 bilhões) à dívida contratual.
As informações foram apresentadas no Relatório Mensal da Dívida (RMD) de junho de 2025, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em uma coletiva de imprensa virtual nesta quinta-feira (28 de julho), com a participação de diversos coordenadores da Secretaria.
O estoque de títulos prefixados, flutuantes e indexados aos preços aumentou, respectivamente, 5,07%, 2,60% e 2,05% em comparação a maio, enquanto os títulos atrelados ao câmbio diminuíram 2,37%. No acumulado do ano até junho, a DPF cresceu em R$ 567 bilhões.
Em relação à estrutura da DPMFi, as Instituições Financeiras lideraram a participação em junho, com 31,3%, seguidas pela Previdência com 23,1% e Fundos com 22,1%. O estoque de não-residentes também cresceu R$ 18,8 bilhões, enquanto o de Instituições Financeiras aumentou em R$ 154,6 bilhões.
A DPF apresentou uma redução na participação dos vencimentos em 12 meses, de 16,02% para 15,68%, assim como seu prazo médio, que diminuiu de 4,20 anos para 4,14 anos. O prazo médio de emissão se manteve em 5,31 anos.
As emissões da DPF em junho totalizaram R$ 177,09 bilhões, com resgates de R$ 17,91 bilhões. A DPMFi emitiu R$ 68,37 bilhões em títulos prefixados, R$ 62,50 bilhões em taxa flutuante e R$ 30,44 bilhões indexados a preços. A emissão líquida da DPF foi de R$ 159,19 bilhões.
O custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses caiu de 11,73% ao ano para 11,41% ao ano, enquanto o custo médio do estoque da DPMFi subiu de 11,55% ao ano para 11,70% ao ano. Já o custo médio do estoque da DPFe apresentou uma queda significativa, de 15,41% ao ano para 4,41% ao ano em junho.
A reserva de liquidez, conhecida como colchão, cresceu 19,64%, passando de R$ 861,30 bilhões em maio para R$ 1,030 trilhão em junho, resultando em um índice de liquidez de 8,44 meses, o que indica uma posição confortável segundo Helano Borges Dias.
As vendas do Tesouro Direto em junho alcançaram R$ 5,77 bilhões, com resgates de R$ 2,92 bilhões e uma emissão líquida de R$ 2,84 bilhões. O título mais procurado foi o Tesouro Selic, que representou 55,88% das transações, sendo que operações de até R$ 5 mil corresponderam a 80,49% das compras. O estoque do Programa aumentou em 2,41%, alcançando R$ 180,35 bilhões, com títulos indexados à inflação compondo 51,40% do total.
No mês, o número de investidores ativos no Tesouro Direto atingiu 3.044.288, um acréscimo de 30.327 em relação ao mês anterior, com um crescimento de 14,3% em 12 meses.
Quanto ao mês de julho, o RMD indica que a resiliência econômica dos Estados Unidos estimulou o apetite por risco, apesar de incertezas geradas por tarifas e negociações. A curva de juros local também apresentou alterações em resposta a essas tensões.
Por fim, o coordenador-geral do Tesouro Direto, Paulo Moreira Marques, anunciou a abertura das inscrições para a edição de 2025 da Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef), que ocorrerá em 9 de setembro e será voltada para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio, visando promover a educação financeira entre jovens. A primeira edição realizada em setembro de 2024 envolveu mais de 546 mil alunos, abrangendo 2.234 municípios brasileiros.
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