O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, iniciou nesta terça-feira (6) o workshop “Introdução à Diplomacia Científica para o Desenvolvimento Sustentável: prioridades regionais da América Latina rumo à COP30”. O evento reuniu autoridades nacionais e internacionais para discutir uma agenda estratégica voltada ao fortalecimento da cooperação científica na região, com foco nas contribuições para o desenvolvimento sustentável e na articulação internacional diante de desigualdades.
Organizado pelo CGEE e promovido em parceria com o Instituto Interamericano para Pesquisas sobre Mudanças Globais (IAI), o workshop ocorrerá até sexta-feira (8) e contará com painéis de especialistas de vários países, abordando conceitos e práticas em diplomacia científica.
Na abertura, Fernando Rizzo, diretor-presidente do CGEE, enfatizou a relevância da diplomacia científica como uma conexão entre ciência, tecnologia, inovação e relações internacionais. Ele mencionou os debates realizados em 2024 pelo Centro, que tiveram como foco temas como a atuação do BRICS e a integração latino-americana.
Carlos Matsumoto, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do MCTI, ressaltou que o workshop inicialmente visava capacitar colaboradores do ministério, mas a proposta se expandiu para incluir gestores públicos e representantes de instituições internacionais.
Marcela Ohira, diretora executiva do IAI, falou sobre a importância da diplomacia científica como um eixo de integração regional, enfatizando a disposição do IAI para fomentar colaborações no enfrentamento dos grandes desafios, como a crise climática.
No primeiro painel do evento, intitulado “Diplomacia Científica: Conceitos”, foram apresentados fundamentos históricos e institucionais do tema, com contribuições de especialistas de diferentes instituições. O segundo painel abordou as práticas de diplomacia científica nas transformações sociais e ambientais contemporâneas, destacando seu uso como ferramenta para promover o desenvolvimento sustentável e reduzir desigualdades.
Por fim, um painel dedicado a “Diplomacia científica: práticas bilaterais e multilaterais” incluiu a participação de Carlos Matsumoto, que discutiu a atuação internacional do MCTI e os instrumentos de diplomacia científica do Brasil, além de palestras sobre experiências passadas em diplomacia científica bilateral e multilateral na Argentina e no Panamá.
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