A gestação é uma fase repleta de emoções e expectativas. O Dia da Gestante, celebrado em 15 de agosto, enfatiza a necessidade de um cuidado diferenciado em um período que requer atenção especial. Os hospitais universitários associados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atuam no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) com a missão de oferecer um atendimento obstétrico de qualidade, utilizando equipes especializadas e práticas assistenciais eficazes.
O SUS assegura às gestantes acesso ao pré-natal especializado, através dos sistemas de regulação municipal e estadual, além do direito a um acompanhante durante o trabalho de parto, visitas à maternidade de referência e cuidados humanizados durante o parto. O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, vinculado à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (HUGG-Unirio), é um exemplo de unidade que prioriza a presença do acompanhante em todas as fases do pré-natal, incluindo consultas, exames e o próprio parto.
Gustavo Mourão Rodrigues, chefe da obstetrícia do HUGG, ressalta que as parturientes têm direitos como a troca de acompanhantes em horários flexíveis, o acolhimento de visitas, a escolha do tipo de parto (normal ou cesárea) e a realização de procedimentos como a laqueadura tubária e a inserção do DIU. Além disso, são disponibilizados cuidados para alívio da dor e incentivos ao aleitamento materno.
A equipe do HUGG é composta por obstetras com especialização em gestações de alto risco e profissionais de diversas áreas, incluindo enfermagem, pediatria e psicologia. Rodrigues enfatiza a importância de uma equipe preparada para acolher as necessidades das pacientes, considerando o momento de vulnerabilidade social e clínica que a gravidez pode representar.
Na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ME-UFRJ), as gestantes recebem um atendimento humanizado e são acompanhadas em uma visita ao local do parto durante o terceiro trimestre. Durante essa visita, a equipe de enfermagem e serviço social esclarece informações sobre os direitos das pacientes e a internação.
Essa maternidade também oferece um pré-natal inclusivo para homens transexuais, com uma equipe composta por diferentes profissionais de saúde. Os protocolos de atendimento são constantemente atualizados para garantir um serviço de excelência.
Preocupada com as limitações e aspectos psicológicos que a gravidez pode trazer, a Divisão de Gestão de Pessoas do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN) desenvolveu, desde 2016, o projeto “ebSERh mãe”. O grupo acolhe trabalhadoras gestantes, promovendo um espaço para compartilhamento de experiências e apoio emocional.
O projeto inclui encontros que abordam questões como saúde mental, prática de exercícios, direitos da gestante trabalhadora e cuidados com o bebê. Giselle Souza, enfermeira do Huol, destaca a importância da iniciativa para criar uma rede de apoio entre as participantes.
A Ebserh, reconhecida como empresa cidadã, oferece benefícios como afastamento de atividades insalubres, abono para consultas e a possibilidade de licença-maternidade de até 180 dias, além do direito a uma hora diária para amamentação.
A Constituição Federal assegura às gestantes direitos trabalhistas e sociais, incluindo a licença-maternidade e a proteção contra demissões até cinco meses após o parto. O Estatuto da Criança e do Adolescente também garante acompanhamento em maternidades de referência e a presença de acompanhantes durante o pré-natal e o parto.
O atendimento prioritário às gestantes em ambientes de saúde e a licença-maternidade garantida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) são outros direitos fundamentais assegurados. Empresas cidadãs como a Ebserh podem ainda estender a licença-maternidade por mais 60 dias, oferecendo um suporte adicional às suas empregadas.
A Ebserh, vinculada ao Ministério da Educação, foi criada em 2011 e atualmente gerencia 45 hospitais universitários federais, promovendo não apenas assistência à saúde, mas também a formação de profissionais e o desenvolvimento de pesquisas e inovações.
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